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Aguiar refuta acusações de Cid Ferreira
DO COLUNISTA DA FOLHA
O administrador da massa
falida do Banco Santos, Vânio Aguiar, considerou absurda a contestação feita por
Edemar Cid Ferreira à proposta de conceder um desconto de até 75% aos créditos
tomados no banco em reciprocidade na compra de debêntures.
Segundo Aguiar, se ele tivesse optado pelo leilão dessa carteira de empréstimos,
que é superior a R$ 2 bilhões,
muito provavelmente não
conseguiria obter nem 5%
desse valor. Ele espera conseguir trazer cerca de R$ 400
milhões com a proposta.
Aguiar afirmou que, se os
credores do Banco Santos
achassem que sairiam perdendo com o acordo proposto aos devedores, já teriam
tentado barrar o acordo na
Justiça, o que não aconteceu.
O único que entrou com
agravo no Tribunal de Justiça para contestar o acordo foi
o ex-dono do Banco Santos.
Segundo Aguiar, um processo de falência hoje não
pode se arrastar por muito
tempo. "Os credores querem
receber seu dinheiro, mas
não em dez anos", afirmou.
Aguiar admite que a Justiça tem obrigado os devedores do Banco Santos a pagar o
que devem, mas ele diz que
por enquanto foram só as pequenas causas, e em número
pequeno, que foram ganhas
em segunda instância. Mesmo assim não foi efetuado
nenhum pagamento. "O importante não é só ganhar as
ações, mas recuperar o crédito para a massa."
Sobre a afirmação de Edemar de que o Santos tem patrimônio líquido positivo,
Aguiar diz que o caixa da
massa hoje é de R$ 220 milhões, e o passivo, de R$ 2,9
bilhões. Se for feito rateio, os
credores só conseguem 7%
do que têm a receber.
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