São Paulo, domingo, 08 de abril de 2007

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Aguiar refuta acusações de Cid Ferreira

DO COLUNISTA DA FOLHA

O administrador da massa falida do Banco Santos, Vânio Aguiar, considerou absurda a contestação feita por Edemar Cid Ferreira à proposta de conceder um desconto de até 75% aos créditos tomados no banco em reciprocidade na compra de debêntures.
Segundo Aguiar, se ele tivesse optado pelo leilão dessa carteira de empréstimos, que é superior a R$ 2 bilhões, muito provavelmente não conseguiria obter nem 5% desse valor. Ele espera conseguir trazer cerca de R$ 400 milhões com a proposta.
Aguiar afirmou que, se os credores do Banco Santos achassem que sairiam perdendo com o acordo proposto aos devedores, já teriam tentado barrar o acordo na Justiça, o que não aconteceu. O único que entrou com agravo no Tribunal de Justiça para contestar o acordo foi o ex-dono do Banco Santos.
Segundo Aguiar, um processo de falência hoje não pode se arrastar por muito tempo. "Os credores querem receber seu dinheiro, mas não em dez anos", afirmou.
Aguiar admite que a Justiça tem obrigado os devedores do Banco Santos a pagar o que devem, mas ele diz que por enquanto foram só as pequenas causas, e em número pequeno, que foram ganhas em segunda instância. Mesmo assim não foi efetuado nenhum pagamento. "O importante não é só ganhar as ações, mas recuperar o crédito para a massa."
Sobre a afirmação de Edemar de que o Santos tem patrimônio líquido positivo, Aguiar diz que o caixa da massa hoje é de R$ 220 milhões, e o passivo, de R$ 2,9 bilhões. Se for feito rateio, os credores só conseguem 7% do que têm a receber.


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