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Economia da América Latina surpreende EUA
Para secretário do Tesouro, região é "mais flexível"
DANIEL BERGAMASCO
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI
A América Latina tem surpreendido o mercado com seu
desempenho em meio à crise financeira dos Estados Unidos,
disse ontem o secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, em evento na Reunião
Anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Miami Beach.
"As economias da América
Latina e os [seus] mercados financeiros provaram-se mais
flexíveis ao tumulto global do
que muitos esperavam", disse
ele, em discurso ao lado do presidente do BID, o colombiano
Luís Alberto Moreno.
Moreno, nesta e em outras
palestras ao longo do encontro
do BID, destacou o crescimento da América Latina nos últimos anos, mas em todas as vezes pediu cautela sobre como a
região está preparada para enfrentar a crise internacional.
Elogios
Paulson primou pelos elogios. "Compartilhamos aspirações para que o hemisfério ocidental cresça em liberdade e
prosperidade e, como já o disse
presidente Bush, nós temos
testemunhado grande realizações. Mais recentemente, isso
inclui o trabalho de muitos dos
seus países para equacionar as
contas públicas, reduzir débito
e abrir mercado. A região, como
o FMI recentemente destacou,
está agora "colhendo as recompensas de uma década de investimento na redução de vulnerabilidades'", disse.
O pacote de elogios de Paulson foi especialmente dirigido à
Colômbia -mais especificamente ao projeto que cria um
tratado de livre comércio com
os EUA, que foi encaminhado
ontem ao Congresso americano pelo presidente Bush.
"Uma das muitas coisas que
aprendi desde que me mudei
para Washington é que nenhum projeto de lei sobre comércio é um projeto fácil", disse ele, reconhecendo a controvérsia que cerca a proposta.
"O presidente [Alvaro] Uribe
tem tido sucesso em transformar o país em uma das democracias mais fortes e estáveis da
região. (...) A Colômbia tem
uma das maiores taxas de crescimento na região e a pobreza e
desemprego estão em uma baixa de dez anos", disse ele, logo
emendando a defesa de seu
projeto de lei.
"A aprovação no Congresso
do tratado de livre comércio
com a Colômbia vai reforçar a
democracia na América Latina
ao mostrar apoio a um aliado-chave, e a um aliado que tem
feito avanços significativos no
combate à violência e à instabilidade", disse Paulson.
"O presidente Bush sabe bem
que aqueles vizinhos fortes,
que colaboram e trabalham
juntos, constroem uma vizinhança forte para nós todos."
LEIA MAIS em Mundo sobre
a proposta de livre comércio
entre EUA e Colômbia
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