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outro lado
Empresário diz que caso está em discussão
DA REPORTAGEM LOCAL
Arnaldo José Frizzo Filho,
dono da Braspelco, hoje Xinguleder, reconhece que existe uma dívida com os bancos,
mas afirma que essas instituições descumpriram o financiamento previsto, o que
agravou a situação da empresa, que já enfrentava problemas desde 2005 com a queda
do dólar e perda de competitividade nas exportações.
"Houve interrupção no
processo de financiamento
[dos bancos], que causou dano grande à empresa. Estamos discutindo juridicamente a questão. E sempre
existe a busca de negociação
em paralelo", diz o empresário. "Sou um devedor que
tem de pagar. Mas estamos
100% em ordem. Os funcionários estão sendo pagos,
não atrasamos salários."
Frizzo Filho explicou que a
marca "Braspelco" foi desativada -por isso houve a troca
da razão social para Xinguleder. A empresa funciona hoje
como prestadora de serviços
para o grupo Bertin.
"A empresa está prestando
serviço para terceiros, o Bertin é um dos principais. Eles
nos enviam o couro, e nós o
industrializamos. Os funcionários são da Braspelco. A
Bertin faz somente o acompanhamento técnico, o que é
normal em uma prestação de
serviço." Ele afirma que o
Bertin "não adquiriu a empresa". "Isso pode até ocorrer, mas tem de haver uma
negociação. Estamos apenas
prestando serviço."
Prestação de serviços
O Bertin informa, por
meio de sua assessoria de imprensa, que a Braspelco é
"uma das prestadoras de serviços de industrialização de
produtos sob encomenda"
do grupo. E complementa:
"Trata-se de uma relação comercial de mesma natureza
das praticadas entre inúmeras empresas do mesmo setor e de outras áreas (prestação de serviços)."
A Braspelco, que chegou a
empregar 5.500 funcionários, hoje tem 1.600 em suas
duas unidades -Itumbiara
(GO) e Uberlândia (MG).
O faturamento da empresa
teve queda "significativa",
segundo Frizzo Filho, que
prefere não detalhar números. "Por 15 anos fomos líderes na exportação de couro,
um das empresas de maior e
melhor reputação mundial.
Exportamos para 50 países.
Até 2006, nunca havíamos
quebrado um contrato financeiro com qualquer instituição. Chegamos a essa situação, no meu entender, por
descumprimento de contrato por parte dos bancos."
"Se não for encontrada
uma solução via negociação,
a Justiça vai deliberar quem
tem a razão. Tenho a meu favor a minha história. Nunca
atrasamos salário de nenhum funcionário", afirma
Frizzo Filho.
(CR e FF)
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