São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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Enron teria agravado crise para lucrar mais

DA REDAÇÃO

Crescem as evidências de que a empresa energética Enron, junto com outras do setor, manipulou dados durante a crise de energia da Califórnia para obter rendimentos maiores. Um memorando que veio a público ontem, assinado por advogados da própria companhia em dezembro de 2000, cita práticas como a invenção de supostas sobrecargas que na verdade não existiam.
A companhia energética teria criado "congestionamentos fantasmas" em linhas de transmissão para inflar ainda mais os preços da energia. Na Califórnia, o setor passou por um amplo processo de liberalização. Agora o Estado processa a Enron e outras empresas para recuperar o prejuízo sofrido durante a crise.
Descrevendo a estratégia das energéticas como "Estrela da Morte", em referência aos vilões do filme "Guerra nas Estrelas", os advogados anotaram: "O efeito da transação é que a Enron foi paga para fornecer energia e aliviar uma sobrecarga sem fornecer energia nem aliviar nenhuma sobrecarga."
A Enron quebrou em 2001 e está em concordata. Sua auditoria à época, a Arthur Andersen, também está sendo investigada.



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