São Paulo, quarta-feira, 08 de maio de 2002

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TELECOMUNICAÇÕES

Justiça veta chamadas interestaduais

Telefônica já concorre com Intelig e Embratel nos telefonemas DDI

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Telefônica passou ontem a operar ligações internacionais a partir do Estado de São Paulo. Com isso, o paulista pode escolher entre três empresas para ligar para o exterior -já atuam nesse mercado a Embratel e a Intelig. A partir do segundo semestre, a Telefônica pretende estender o serviço para outros Estados.
A Telefônica quer também operar no mercado de ligações interestaduais. Só que, por enquanto, está impedida por decisão da Justiça. No dia 29 de abril, a juíza substituta da 15ª Vara Cível Federal de São Paulo, Luciana da Costa Aguiar, concedeu liminar, a pedido da Embratel, suspendendo os efeito do ato 25.120, da Anatel, que permite à Telefônica operar chamadas de longa distância nacionais. A Anatel e a Telefônica já recorreram da decisão.
A entrada da Telefônica no serviço de chamadas de longa distância gerou polêmica ontem. A princípio, algumas operadoras entendiam que a decisão da Justiça valia também para as ligações para fora do país. A juíza informou, por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, que as ligações internacionais estavam fora da discussão do processo movido pela Embratel.
Pedro Batista Martins, diretor jurídico da Embratel, diz que a empresa cometeu um equívoco ao solicitar a suspensão das autorizações obtidas pela Telefônica para oferecer ligações internacionais e nacionais de longa distância partir de São Paulo e por isso pediu retificação da liminar.
A Telefônica passou a operar nas ligações internacionais com preços mais baixos do que os da Embratel e da Intelig. Para os Estados Unidos, o preço do minuto incial no horário comercial, durante a semana, é de R$ 0,86.
O preço da Embratel é de R$ 0,89, e o da Intelig, R$ 0,90. No caso dos países do Mercosul, os preços são R$ 1,20, R$ 1,24 e R$ 1,25, respectivamente. Os preços da Telefônica valem até 22 de junho de 2002. A Intelig detém 23% e a Embratel 77% desse mercado.


Colaborou Elvira Lobato, da Sucursal do Rio


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