São Paulo, sábado, 08 de junho de 2002

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Empresas vão à Justiça de NY para reajustar tarifas

DE BUENOS AIRES

Metade das empresas prestadoras de serviços públicos abriram processo conjunto contra o governo argentino na Justiça de Nova York com o objetivo de obter reajuste de tarifas.
A informação foi divulgada pelo secretário técnico e legal do Ministério da Economia, Eduardo Pérez, ao jornal "Pagina/12".
O processo tem como base a desobediência dos contratos assinados na época da privatização, que indexavam as tarifas ao dólar. Após a desvalorização cambial, em janeiro, as tarifas públicas foram convertidas para pesos sem nenhum tipo de reajuste.
A ação foi movida em Nova York porque a Lei de Emergência Econômica, estabelecida pelo governo após a desvalorização cambial, desindexou as tarifas. No entanto, como o Congresso argentino aprovou tratados internacionais de proteção de investidores, o país ficou vulnerável a esse tipo de processo no exterior.
O governo aceita negociar um reajuste das tarifas das empresas privatizadas, mas somente após acertar com o FMI (Fundo Monetário Internacional) a liberação de novo empréstimo.

Dólar
Apesar das enormes filas que se formaram nos principais bancos e casas de câmbio de Buenos Aires ontem, o dólar livre fechou em baixa de 0,7%, cotado a 3,73 pesos.
Segundo analistas de mercado, houve maior oferta de dólar ontem devido a especulações de que o governo estaria pensando em implementar nova paridade cambial.
De acordo com o analista de um banco brasileiro que pediu para não ser identificado, o governo estaria estudando fixar o câmbio em 3,50 pesos por US$ 1. Por isso, os bancos teriam vendido parte de suas reservas.
No entanto outros analistas atribuíram a queda à maior oferta do Banco Central, que ontem vendeu US$ 80 milhões para os bancos do país e destinou outros US$ 12 milhões para abastecer diretamente as casas de câmbio. (JS)


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