|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RETOMADA
Ministro do Planejamento diz que economia avançará "4% ou um pouco mais" neste ano; projeção oficial é de 3,5%
Mantega estima crescimento maior do PIB
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Planejamento,
Guido Mantega, disse ontem que
a economia brasileira terá "crescimento de 4% ou um pouco mais"
neste ano. A projeção oficial é de
expansão de 3,5% do PIB (Produto Interno Bruto). Mantega afirmou que existem "fortes indicadores" de que o nível de crescimento apresentado no primeiro
trimestre (1,6% na comparação
com o trimestre anterior e 2,7%
ante igual período de 2003) "continuou" no segundo trimestre.
Para o ministro, o país vive uma
fase de "crescimento equilibrado
e difuso" (por vários setores), e
não estimulado apenas por alguns setores.
Ele disse que o bom desempenho das exportações já se disseminou na economia e que o "melhor" é que a expansão está sendo
puxada por uma retomada dos
investimentos. Isso, diz, assegura
o crescimento sustentado nos
próximos anos.
Na visão de Mantega, não há
"uma bolha de consumo", que
pode, por exemplo, se esvair com
o endividamento das famílias.
"Acredito que a estimativa vá
ser superada pela reação que tenho visto não só no agronegócio
mas em todo o setor industrial. Os
empresários voltam a falar em investimentos para expandir a capacidade produtiva", disse Mantega, que participou ontem no Rio
do 2º Seminário Internacional de
Fundos de Pensão.
Fundo do BID
O presidente do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), Enrique Iglesias, anunciou no
seminário a criação de um fundo
de investimento em projetos de
infra-estrutura no Brasil.
O banco colocará R$ 300 milhões e será captado no mercado
mais R$ 1,5 bilhão, totalizando R$
1,8 bilhão. O fundo é voltado para
investidores privados, como fundos de pensão. Seu gestor será privado e será escolhido em agosto.
Serão selecionados 15 projetos, e o
fundo poderá ser sócio dos empreendimentos ou financiá-los.
José Dirceu
No evento, o ministro José Dirceu (Casa Civil) conclamou investidores a aplicarem no Brasil, um
país com "estabilidade institucional". Para ele, a "demanda [reprimida] por investimentos" é "o
grande problema" do Brasil. "O
grande problema do país não está
no campo da macroeconomia, da
política econômica ou do crescimento econômico. Acredito que o
grande problema é a demanda
por [novos] investimentos", disse
no encerramento do seminário.
Texto Anterior: Indústria bate recorde e confirma expansão Próximo Texto: Economista teme lado "estatizante e intervencionista" do governo Lula Índice
|