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Brasil fere
parte de acordo
automotivo
DOS ENVIADOS A PUERTO IGUAZÚ
O Brasil não é o único com motivos para reclamar de medidas
unilaterais dentro do Mercosul. O
país não cumpre parte do acordo
automotivo celebrado com a Argentina, o que prejudica os fabricantes de carros e autopeças do
vizinho, segundo negociadores
argentinos.
As alíquotas de importação de
autopeças no Brasil estão, atualmente, cerca de 50% menores do
que as do seu principal parceiro,
segundo informações do Ministério do Desenvolvimento.
A Argentina afirma que cumpre
sua parte do acordo e que, devido
à política brasileira para o setor, a
diferença entre as tarifas se amplia.
"O Brasil reduziu suas tarifas de
importação para autopeças em
40%", afirmou o secretário de Comércio da Argentina, Martín Redrado, que quer uma solução para
o problema.
A discrepância entre os impostos de importação prejudica a Argentina por dois motivos: reduz a
competitividade dos produtores
de autopeças da Argentina em relação à concorrência de outros
países e, ao mesmo tempo, reduz
o custo de fabricação de carros no
Brasil.
Os dois países negociam há alguns meses uma solução para o
problema, que não é o único no
setor. Os argentinos querem também prorrogar o livre comércio
para carros no Mercosul e pleiteiam a renovação do acordo automotivo. Esse acordo deveria se
extingüir em 2006.
A diferença entre as tarifas é resultado de uma divergência entre
o acordo automotivo e uma lei
brasileira, que estabeleceu, em
2000, uma redução de 40% nas
alíquotas de importação de autopeças no Brasil.
De acordo com o Ministério do
Desenvolvimento, a forma como
o acordo automotivo foi internalizado e regulamentado no Brasil
fez com que a lei que prevê a redução de alíquotas seja hierarquicamente superior e, portanto, seja
seguida.
(AS e CD)
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