São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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MERCADO FINANCEIRO

Além do governo, banco Votorantim fechou captação no exterior; título da dívida brasileira tem queda

Dólar recua para R$ 3,035 após emissão

DA REPORTAGEM LOCAL

A terceira emissão fechada pelo governo brasileiro no exterior trouxe tranqüilidade ao mercado doméstico. O dólar fechou ontem em queda de 0,43%, vendido a R$ 3,035. O governo captou US$ 750 milhões com prazo de dez anos.
Ontem o banco Votorantim também encerrou uma operação de captação de recursos. Por meio de eurobônus, o banco captou US$ 125 milhões, com vencimento em dois anos. A boa demanda fez a instituição elevar o volume da emissão, que inicialmente estava prevista para ficar em US$ 50 milhões.
A Bolsa de Valores de São Paulo fechou praticamente estável, com pequeno recuo de 0,08%.
O petróleo, que afetou negativamente o mercado na terça-feira, acalmou-se ontem após a confirmação de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) irá aumentar sua produção a partir de agosto.
Nesse cenário menos tenso, as Bolsas dos Estados Unidos encerraram o dia em alta.
Com o dólar mais próximo dos R$ 3,00, o BC decidiu não renovar o lote de US$ 989 milhões em dívida cambial que vence na próxima semana. Ao optar por não rolar o vencimento, o BC retira do mercado títulos que serviriam para instituições fazerem hedge (proteção contra a oscilação do dólar).
Há dois meses o dólar não encerra as operações vendido abaixo dos R$ 3,00.
Os C-Bonds, um dos principais títulos da dívida brasileira negociados no mercado internacional, fecharam em queda de 0,53%, a US$ 0,9269. A queda foi reflexo da emissão do governo de ontem, avaliam analistas. Isso porque haverá mais títulos da dívida do Brasil sendo negociados no exterior.

Altas
As ações da Bombril subiram após a informação de que a empresa ingressou com ação de indenização contra as holdings do Grupo Cirio e seus acionistas em tribunal de Roma para reaver prejuízos. O papel preferencial da Bombril fechou com valorização de 2,98%.
Outro destaque do dia ficou com as ações da Vale do Rio Doce, que subiram 4,95% (ON) e 3,53% (PNA). Segundo operadores, a alta foi impulsionada pela melhor percepção dos investidores em relação à proposta de compra da canadense Noranda.
(FABRICIO VIEIRA)


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