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MERCADO FINANCEIRO
Além do governo, banco Votorantim fechou captação no exterior; título da dívida brasileira tem queda
Dólar recua para R$ 3,035 após emissão
DA REPORTAGEM LOCAL
A terceira emissão fechada pelo
governo brasileiro no exterior
trouxe tranqüilidade ao mercado
doméstico. O dólar fechou ontem
em queda de 0,43%, vendido a R$
3,035. O governo captou US$ 750
milhões com prazo de dez anos.
Ontem o banco Votorantim
também encerrou uma operação
de captação de recursos. Por meio
de eurobônus, o banco captou
US$ 125 milhões, com vencimento em dois anos. A boa demanda
fez a instituição elevar o volume
da emissão, que inicialmente estava prevista para ficar em US$ 50
milhões.
A Bolsa de Valores de São Paulo
fechou praticamente estável, com
pequeno recuo de 0,08%.
O petróleo, que afetou negativamente o mercado na terça-feira,
acalmou-se ontem após a confirmação de que a Opep (Organização dos Países Exportadores de
Petróleo) irá aumentar sua produção a partir de agosto.
Nesse cenário menos tenso, as
Bolsas dos Estados Unidos encerraram o dia em alta.
Com o dólar mais próximo dos
R$ 3,00, o BC decidiu não renovar
o lote de US$ 989 milhões em dívida cambial que vence na próxima semana. Ao optar por não rolar o vencimento, o BC retira do
mercado títulos que serviriam para instituições fazerem hedge
(proteção contra a oscilação do
dólar).
Há dois meses o dólar não encerra as operações vendido abaixo dos R$ 3,00.
Os C-Bonds, um dos principais
títulos da dívida brasileira negociados no mercado internacional,
fecharam em queda de 0,53%, a
US$ 0,9269. A queda foi reflexo da
emissão do governo de ontem,
avaliam analistas. Isso porque haverá mais títulos da dívida do Brasil sendo negociados no exterior.
Altas
As ações da Bombril subiram
após a informação de que a empresa ingressou com ação de indenização contra as holdings do
Grupo Cirio e seus acionistas em
tribunal de Roma para reaver prejuízos. O papel preferencial da
Bombril fechou com valorização
de 2,98%.
Outro destaque do dia ficou
com as ações da Vale do Rio Doce,
que subiram 4,95% (ON) e 3,53%
(PNA). Segundo operadores, a alta foi impulsionada pela melhor
percepção dos investidores em relação à proposta de compra da canadense Noranda.
(FABRICIO VIEIRA)
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