São Paulo, quinta-feira, 08 de julho de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Colheita do milho safrinha
Com o favorecimento do clima, a colheita do milho safrinha no Paraná já atingiu 10% da safra. O andamento da colheita está dentro do previsto e deve se intensificar em agosto. Segundo Vera Zardo, do Deral, a perda da safra está estimada em 15% em relação à projeção inicial de produção, devido à ocorrência de geadas e de estiagem. Para esta safra são esperados 3,6 milhões de toneladas no Estado.

Dias decisivos
Os próximos 20 dias serão decisivos para o milho safrinha atingir a produção estimada no Paraná. Para Zardo, nesse período as lavouras ainda estarão suscetíveis a geadas. Cerca de 59% das lavouras encontram-se em fase de frutificação, e 31% em fase de maturação, informa Zardo.

Mercado em queda
Apesar da quebra do milho safrinha no Paraná, os preços pagos ao produtor estão em queda. Para Zardo, o risco de desabastecimento -que poderia pressionar o preço do produto- está descartado, devido à boa safra da região Centro-Oeste e dos altos estoques. Alguma mudança nos preços só deve ocorrer nos próximos meses, com o comportamento das exportações, do câmbio e da safra norte-americana.

Feijão recua
O preço do feijão caiu fortemente nas principais lavouras do país. A saca de 60 kg do carioquinha chegou a ser negociada ontem a R$ 55 no norte do Estado de São Paulo. A elevada quantidade do produto e a fraca demanda são os fatores que justificam a redução dos preços. Neste mês, o preço médio do produto recuou 3,70%.

Peste suína no Ceará
O Ministério da Agricultura confirmou ontem a ocorrência de um foco de peste suína clássica na cidade de Caucaia, no Ceará. Exames detectaram a doença em três animais. Segundo o ministério, os países importadores já foram informados sobre o fato. A ocorrência do foco não deve afetar as exportações brasileiras, pois o Ceará está fora da zona livre da doença, o que o impede de exportar carne suína.

Importações russas
Apesar do embargo à compra de carne brasileira, devido ao foco de febre aftosa no Pará, a Rússia foi o principal país importador de carne bovina "in natura" em junho. Segundo a Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), os russos compraram 29 mil toneladas, gerando receita de US$ 30,8 milhões.

Venda de carne bovina
No primeiro semestre deste ano, as exportações brasileiras de carne bovina cresceram 28,4% em volume, para 838,6 mil toneladas, e 69,1% em receita, gerando US$ 1,088 bilhão, na comparação com o mesmo período de 2003, segundo a Abiec.

Expansão do frango
As exportações brasileiras de carne de frango fecharão este ano com expansão, no mínimo, superior a 10% em relação ao ano passado, segundo novas estimativas do AviSite. O surgimento de novos casos de gripe do frango na China e na Tailândia pode manter as portas abertas ao frango brasileiro, analisa o AviSite.

E-mail: akianek@folhasp.com.br


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