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TRIBUTOS
Medida provisória que regulamenta o tema agora vai para o Senado
Câmara mantém crédito da Cofins
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A agroindústria e empresas do
ramo do agronegócio poderão
descontar do pagamento de seus
tributos 35% de todo o valor de
PIS/Cofins incluídos nas mercadorias compradas de produtores
agrícolas registrados como pessoa
física.
Após três dias trancando a pauta da Câmara, os deputados aprovaram ontem a medida provisória
que regulamenta o tema.
O crédito tributário será diferente para as compras de carnes e
de leite. Nesse caso, o empresário
poderá descontar dos tributos
60% do valor de PIS (Programa
de Integração Social) e da Cofins
(Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) inseridos nos produtos comercializados por pessoas físicas. Já para farinha de mandioca, arroz e feijão,
o desconto é total.
Segundo a CNA (Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil), dos 4,8 milhões de produtores, 99% são pessoas físicas. As
pessoas físicas não recolhem o PIS
e o Cofins, mas compram produtos que pagam essas contribuições sociais.
O crédito presumido foi criado
em dezembro de 2003, quando a
alíquota de PIS e Cofins subiu de
3,6% para 9,25%. O crédito presumido foi estabelecido em até 80%.
No dia 29 de março, a Câmara
aprovou o PIS e Cofins para a importação, mas deixou isentos os
insumos agrícolas, hortifrutiagrícolas, ovos, embriões e material
genético. No dia seguinte, o governo editou uma medida provisória para acabar com esse crédito
tributário.
Depois de negociação entre a
bancada ruralista, integrada por
212 dos 553 deputados federais, e
o governo, ficou acertada a isenção para sementes, agrotóxicos e
fertilizantes e o crédito presumido de 35%. A pecuária, pelo fato
de seus insumos não terem sido
incluídos, ficou com um crédito
presumido maior (60%). O crédito total para o arroz, o feijão e a farinha de mandioca ficou acertado
pela importância desses produtos
na cesta básica.
As lideranças do PFL e do
PSDB, que vinham obstruindo a
pauta da Câmara, acertaram com
João Paulo Cunha (PT-SP), presidente da Casa, que votariam ainda ontem os projetos de lei que
tratam da Lei de Inovação Tecnológica e de mudanças nas regras
do crédito imobiliário, considerados importantes na agenda microeconômica do governo.
Aprovados na Câmara, os projetos ainda terão de ser votados
no Senado.
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