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TELEFONIA
Redução da tarifa de telefone deve valer na próxima semana
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A redução das tarifas de telefonia fixa local poderá entrar em vigor no final da semana que vem. Ontem, o governo definiu o nome do presidente da Anatel (Agência
Nacional de Telecomunicações), que tomará posse na
segunda-feira e poderá assinar o ato que põe em vigor os
novos valores para assinatura, pulso e habilitação.
As novas tarifas foram definidas na última quarta-feira, mas não podiam ser praticadas porque a agência não
tinha presidente que pudesse assinar a medida.
Como o PMDB não chegou
a um consenso sobre um nome para ocupar a presidência da Anatel, o diretor Plínio
de Aguiar Júnior, que ocupou a presidência até o último dia 8, foi nomeado até dezembro. Tomando posse na
segunda, o presidente da
Anatel poderá publicar no
"Diário Oficial" de terça a resolução que reduz as tarifas.
"Espero que ele [Aguiar Júnior] assine na segunda mesmo", disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa.
Aguiar Júnior é conselheiro da Anatel desde 2004. Em
novembro do ano passado,
passou a ocupar o cargo de
presidente substituto da
agência. Ligado a entidades
sindicais e indicado pelo PT,
é engenheiro eletrônico graduado pela PUC do Rio.
Tramitação
Para que a redução entre
em vigor, no entanto, as operadoras de telefonia fixa deverão publicar os novos valores, com dois dias de antecedência, em jornais de grande
circulação na região em que
atuam. Significa que, na melhor das hipóteses, a redução
entra em vigor na quinta.
Como desde a privatização
o reajuste sempre implicou
aumento de tarifa, as operadoras publicavam suas novas
tarifas nos jornais no mesmo
dia em que a Anatel editava a
medida no "Diário Oficial".
Como agora o reajuste trará
redução, não se sabe qual será o seu comportamento.
Caso não haja publicação
nos jornais no máximo até o
dia seguinte à edição da medida, a agência reguladora irá
determinar às operadoras a
divulgação das novas tarifas.
As reduções variam de
0,38% a 0,51%, de acordo
com cada empresa. No caso
da Telefônica, que opera em
São Paulo, é de 0,38%.
O reajuste deste ano é o
primeiro com o novo índice
que irá corrigir as tarifas. O
IGP-DI foi usado do momento da privatização até o ano
passado. Ele foi substituído
por um índice setorial, o IST
(Índice de Serviços de Telecomunicações).
No reajuste atual, que resultou em redução de tarifa,
foi usado o IGP-DI acumulado de junho a dezembro do
ano passado (-0,75%) e o IST
de janeiro a maio deste ano
(1,37%). Sobre o percentual
acumulado desses dois índices foi aplicado um redutor
de aproximadamente 1%, a
título de ganho de produtividade das empresas, que deve,
pelas regras do setor, ser repartido com os usuários.
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