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Copom e dado de inflação dominam a agenda
Índices sobre economia dos EUA também estão na pauta
DA REPORTAGEM LOCAL
O mercado brasileiro terá na
última reunião do Copom de
2008 o evento mais relevante
desta semana. Como o mercado
está dividido em relação à decisão que será tomada sobre a taxa básica de juros, o encontro
ganha ainda maior destaque.
Nos Estados Unidos, não faltarão dados econômicos de peso para serem conhecidos. Mas
o dia de agenda mais intensa será a sexta-feira, quando analistas e investidores vão conhecer
o resultado do PPI (índice de
preços ao produtor) de novembro, as vendas no varejo, o índice de confiança do consumidor
de Michigan e os estoques das
empresas.
Na quarta-feira serão conhecidos diferentes dados da economia norte-americana, como
os estoques no atacado, o resultado do Orçamento do Tesouro
e as solicitações de empréstimos hipotecários.
Os dados de estoques de petróleo e derivados, que os EUA
apresentarão na quarta, ganharão ainda mais peso neste momento. Isso porque o barril de
petróleo não pára de se depreciar e já ameaça romper o piso
de US$ 40 em Nova York. Em
julho, o petróleo chegou a valer
US$ 147.
"A volatilidade das últimas
semanas deve se manter pelos
próximos dias, com o mercado
oscilando ao sabor de novas notícias sobre a crise financeira e
suas conseqüências. A agenda
econômica traz dados de produção como destaque nos Estados Unidos", afirma Júlio Martins, diretor da Prosper Gestão
de Recursos.
Na semana passada, o mercado se deparou com dados negativos, como o aumento no fechamento de postos de trabalho nos EUA.
"No âmbito interno, a decisão do Copom sobre a taxa básica de juros e o PIB deve concentrar as atenções dos investidores", diz Martins.
Amanhã o IBGE vai apresentar o resultado do PIB (Produto
Interno Bruto) brasileiro do
terceiro trimestre.
"Reduzimos nossas estimativas para o crescimento do PIB
deste ano para 5,2%, incorporando uma queda de 0,4% no
último trimestre deste ano,
após doze trimestres consecutivos de alta. Para 2009, a nossa
estimativa de um crescimento
de 3% passou até a ser otimista", afirma Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco
Fibra.
Quanto mais fraca a economia se mostrar, maiores são as
chances de o Copom (Comitê
de Política Monetária do BC)
voltar a baixar os juros.
A taxa básica Selic está hoje
em 13,75% anuais.
Boa parte dos analistas espera que a taxa seja mantida no
atual nível. Mas há quem conte
com uma redução para 13,50%,
pois a atividade econômica brasileira estaria se desaquecendo
muito rapidamente. A nova Selic será conhecida na quarta.
Preços
O resultado do IPCA apresentado na sexta-feira ajudou a
fortalecer os que falam em redução da taxa Selic.
O índice de preços, que é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentou alta de 0,36%
em novembro, abaixo dos
0,38% do mês anterior. O mercado falava em IPCA mais próximo de 0,50% no mês.
Com o resultado favorável,
cresce a possibilidade de a meta
de inflação do governo para
2008 ser cumprida. O teto da
meta é de 6,5%. A inflação acumulada no ano até o momento
é de 5,61%.
Nesta semana, no campo inflacionário, vão ser conhecidos
diferentes indicadores. Hoje
sai o IGP-DI. Amanhã, a Fipe
apresentará a primeira medição do IPC. E na quarta-feira
será a vez de a FGV divulgar a
primeira prévia do IGP-M.
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