São Paulo, segunda-feira, 08 de dezembro de 2008

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Copom e dado de inflação dominam a agenda

Índices sobre economia dos EUA também estão na pauta

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado brasileiro terá na última reunião do Copom de 2008 o evento mais relevante desta semana. Como o mercado está dividido em relação à decisão que será tomada sobre a taxa básica de juros, o encontro ganha ainda maior destaque.
Nos Estados Unidos, não faltarão dados econômicos de peso para serem conhecidos. Mas o dia de agenda mais intensa será a sexta-feira, quando analistas e investidores vão conhecer o resultado do PPI (índice de preços ao produtor) de novembro, as vendas no varejo, o índice de confiança do consumidor de Michigan e os estoques das empresas.
Na quarta-feira serão conhecidos diferentes dados da economia norte-americana, como os estoques no atacado, o resultado do Orçamento do Tesouro e as solicitações de empréstimos hipotecários.
Os dados de estoques de petróleo e derivados, que os EUA apresentarão na quarta, ganharão ainda mais peso neste momento. Isso porque o barril de petróleo não pára de se depreciar e já ameaça romper o piso de US$ 40 em Nova York. Em julho, o petróleo chegou a valer US$ 147.
"A volatilidade das últimas semanas deve se manter pelos próximos dias, com o mercado oscilando ao sabor de novas notícias sobre a crise financeira e suas conseqüências. A agenda econômica traz dados de produção como destaque nos Estados Unidos", afirma Júlio Martins, diretor da Prosper Gestão de Recursos.
Na semana passada, o mercado se deparou com dados negativos, como o aumento no fechamento de postos de trabalho nos EUA.
"No âmbito interno, a decisão do Copom sobre a taxa básica de juros e o PIB deve concentrar as atenções dos investidores", diz Martins.
Amanhã o IBGE vai apresentar o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro do terceiro trimestre.
"Reduzimos nossas estimativas para o crescimento do PIB deste ano para 5,2%, incorporando uma queda de 0,4% no último trimestre deste ano, após doze trimestres consecutivos de alta. Para 2009, a nossa estimativa de um crescimento de 3% passou até a ser otimista", afirma Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
Quanto mais fraca a economia se mostrar, maiores são as chances de o Copom (Comitê de Política Monetária do BC) voltar a baixar os juros.
A taxa básica Selic está hoje em 13,75% anuais.
Boa parte dos analistas espera que a taxa seja mantida no atual nível. Mas há quem conte com uma redução para 13,50%, pois a atividade econômica brasileira estaria se desaquecendo muito rapidamente. A nova Selic será conhecida na quarta.

Preços
O resultado do IPCA apresentado na sexta-feira ajudou a fortalecer os que falam em redução da taxa Selic.
O índice de preços, que é medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresentou alta de 0,36% em novembro, abaixo dos 0,38% do mês anterior. O mercado falava em IPCA mais próximo de 0,50% no mês.
Com o resultado favorável, cresce a possibilidade de a meta de inflação do governo para 2008 ser cumprida. O teto da meta é de 6,5%. A inflação acumulada no ano até o momento é de 5,61%.
Nesta semana, no campo inflacionário, vão ser conhecidos diferentes indicadores. Hoje sai o IGP-DI. Amanhã, a Fipe apresentará a primeira medição do IPC. E na quarta-feira será a vez de a FGV divulgar a primeira prévia do IGP-M.


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