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Novo Mercado não garante transparência
DA REPORTAGEM LOCAL
Empresas do Novo Mercado, segmento da Bolsa com
regras avançadas de transparência, têm práticas de governança corporativa e de divulgação de informações
mais atrasadas do que as
companhias listadas nos níveis 1 e 2 de governança, que
não dispõem das mesmas
exigências. A conclusão
consta de pesquisa do Ibri
(Instituto Brasileiro de Relações com Investidores), feita
com 551 companhias, em
parceria com a CVM.
O estudo mostra que a
maioria das empresas abertas, tanto dentro como fora
do Novo Mercado, não tem
uma política definida sobre
quem tem acesso a informações privilegiadas nem procedimentos preestabelecidos para lidar com rumores
que vazam no mercado.
Entre as empresas, só 6,9%
têm um comitê encarregado
das divulgações. No Novo
Mercado, o comitê está presente em 5,6%, enquanto no
nível 1 (segmento com a menor exigência) aparece em
28,2%, e, no nível 2 (intermediário), em 14,3%.
No caso de rumores de
mercado, só 44,3% das empresas do Novo Mercado
afirmam ter uma política
apropriada de divulgação de
informações precisas e com
celeridade. No nível 1, 52,6%
têm isso definido.
Só 59,8% das empresas do
Novo Mercado têm uma lista
de profissionais autorizados
a comentar resultados financeiros e fatos relevantes -no
nível 1, são 64,1%.
Para Maria Helena Santana, presidente da CVM, a deficiência resulta do fato de
que a maioria das empresas
do Novo Mercado é novata
na Bolsa. "Essas empresas
não têm os processos institucionalizados e estão aprendendo ainda", disse.
"As regras de divulgação
são importantes porque protegem as empresas e os executivos [de processos por vazamento]", afirma Geraldo
Soares, presidente do Ibri.
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