DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os pátios de fábricas do país estão mais movimentados com o aumento do ritmo de produção. De acordo com dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o número de horas trabalhadas cresceu 1,4% em outubro, na segunda expansão seguida do indicador.
"Esse foi o indicador que mais demorou para mostrar superação da crise", afirmou Marcelo de Ávila, economista da CNI. Ele diz que, devido à lentidão na recuperação desse índice, a média de horas trabalhadas na indústria em 2009 está num nível inferior ao registrado em 2006.
Na comparação com outubro do ano passado, a queda chega a 8,6%, disseminada por todos os 19 setores pesquisados pelo órgão.
Enquanto a recuperação das horas trabalhadas tem sido tardia e gradual, as vendas da indústria mantiveram a trajetória de crescimento e aumentaram 1,8% sobre setembro. É o índice com melhor desempenho no ano.
Segundo o gerente-executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, o descompasso entre os ritmos de venda e de produção foi resultado do encalhe de mercadorias no período mais agudo da crise, no fim de 2008. Para Fonseca, o consumo interno, estimulado pelas políticas de renda e de crédito do governo, é o principal responsável pela recuperação das vendas.
Já os setores exportadores ainda enfrentam problemas. "Ainda há muita gordura para queimar, em termos de burocracia e infraestrutura."
(EDUARDO RODRIGUES)


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