|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Em dia fraco no exterior, Bolsa se destaca e sobe 1,3%
Braskem avança 7,4% em meio
a especulações sobre negócio
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa iniciou a semana
em alta, em busca de fechar pela primeira vez no ano acima de
69 mil pontos. Em dia fraco na
Europa e nos EUA, a Bolsa brasileira se isolou para encerrar
as operações com ganhos de
1,34%, aos 68.512 pontos. O dólar caiu 0,23%, para R$ 1,721.
Na Europa, o recuo das encomendas à indústria da Alemanha em outubro, que teve retração de 2,1%, não foi bem recebido pelo mercado, que contava com a expansão do indicador. A Bolsa de Frankfurt registrou baixa de 0,57%.
No mercado londrino, o dia
foi marcado pela depreciação
das ações dos bancos. Rumores
de que o governo britânico estaria analisando criar uma taxação para os bônus destinados
aos banqueiros afetou o desempenho do setor.
Para a Bolsa de Londres, o resultado do pregão foi de baixa
de 0,22%. As ações do Royal
Bank of Scotland perderam
4,71%; as do Lloyds caíram
4,12%; as do Barclays, 2,13%.
O mercado acionário também teve resultado fraco em
Wall Street, mantendo o ritmo
de sexta-feira, quando foi
anunciado o recuo de 10,2% para 10% na taxa de desemprego
do país no mês passado. O que
era para ser uma notícia positiva acabou por ser interpretado
como um sinal de que os juros
podem começar a subir nos
EUA antes do previsto. E juros
em alta tendem a esfriar o mercado de ações, levando os investidores a preferirem aplicar em
títulos de renda fixa.
O índice Dow Jones, um dos
principais dos EUA, terminou
praticamente estável, com leve
alta de 0,01%, depois de operar
no vermelho durante a maior
parte do pregão. A Bolsa eletrônica Nasdaq caiu 0,22%.
Apesar de ter se isolado do
exterior, a Bovespa não atravessou um pregão de intensa
movimentação. Ontem, foram
girados R$ 6,02 bilhões nas
operações com ações. Na semana passada, a média diária alcançou R$ 7,86 bilhões. Isso
mostra que a alta ocorreu sem
maior euforia.
De qualquer forma, o índice
Ibovespa (que reúne as 62
ações mais negociadas) se
aproximou de seu pico de 2009:
fechou com 68.512 pontos. A
máxima da Bolsa no ano aconteceu no último dia 2, quando
marcou 68.614 pontos.
Considerando os papéis de
maior liquidez, a Braskem foi a
que mais chamou a atenção. Os
papéis preferenciais "A" da petroquímica saltaram 7,35% e ficaram no topo do Ibovespa. Os
operadores citaram especulações sobre uma aquisição a ser
anunciada pela Braskem como
importante atrativo ontem.
Outro destaque foram as
ações da CCR, que receberam
recomendação positiva de uma
corretora estrangeira e terminaram com alta de 4,70%.
Fora do Ibovespa, as ações da
Hypermarcas estiveram entre
as de melhor desempenho, ao
subir 4,62%. A aquisição da
Neo Química pela Hypermarcas foi bem recebida.
Juros
O Copom anuncia amanhã
como fica a taxa básica de juros
brasileira, a Selic. O mercado
projeta majoritariamente que a
taxa seja mantida nos atuais
8,75%. Para analistas e investidores, mais do que a decisão em
si, para a qual não se espera nenhuma surpresa, serão relevantes sinais e comentários dos
integrantes do Copom que
deem alguma pista sobre quando a taxa será elevada.
No contrato de juros futuros
negociado na BM&F, a taxa
projetada para o fim do ano terminou estável, em 8,65% -o
que embute a manutenção da
Selic. No papel com vencimento daqui a 12 meses, os juros
projetados recuaram um pouco, de 10,45% para 10,38%.
Texto Anterior: Governo quer usar eleição para eliminar erro em tarifa de luz Próximo Texto: Vaivém das commodities Índice
|