São Paulo, terça-feira, 08 de dezembro de 2009

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@grupofolha.com.br

ESTOQUES MENORES
A safra de milho deve crescer em 2009/10. É cedo, no entanto, para uma definição dos preços, uma vez que os estoques finais podem ficar 35% abaixo dos deste ano.

DEMANDA
A produção de milho das duas safras -verão e safrinha- deverá atingir 50,65 milhões de toneladas em 2009/10, 8,8% mais do que neste ano. Mas a demanda interna cresce 5% e as exportações, que devem atingir 8,5 milhões de toneladas, sobem 18%. Os dados são da Consultoria Céleres.

APOSTA NO INVERNO
Os produtores reduzem a área de milho no verão para 8,1 milhões de hectares (menos 12%), mas aumentam 7% no inverno, para 5 milhões de hectares. Nos cálculos da Céleres, a produção de verão soma 32,2 milhões de toneladas e a de inverno, 18,5 milhões.

AINDA A CHUVA
A AgraFNP prevê queda no setor sucroalcooleiro. Excesso de chuva e perda de produtividade da cana derrubam a produção de açúcar para 30,3 milhões de toneladas nesta safra -5,3% menos do que na previsão anterior. A produção de álcool fica em 25 bilhões de litros.

JÁ ATINGIU
Para Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting, é sempre arriscado falar sobre a direção de preços das commodities. Arrisca um palpite sobre o açúcar: "Já vimos a alta do mercado".

POUCO PROVÁVEL
Na análise de Corrêa, será muito difícil os preços do açúcar retornarem aos 26,25 centavos de dólar por libra-peso, atingidos no início de setembro. "De lá para cá, a posição em aberto na Bolsa [de Nova York] caiu mais de 100 mil lotes (5,1 milhões de toneladas)", diz ele.

SAFRA DE GRÃOS
O Brasil vai semear área menor nesta safra 2009/10, mas deve colher mais. Estimativas da Safras & Mercado indicam 139,7 milhões de toneladas de grãos para esta safra, 4% acima do volume obtido em 2008/9.

CAFÉ
O Brasil exportou 30,96 milhões de sacas de café nos últimos 12 meses até novembro, com receitas de US$ 4,4 bilhões, segundo o Cecafé.

DESCASAMENTO
Pelo quarto mês seguido, o custo de produção do frango supera o obtido com as vendas em São Paulo. Segundo o analista José Carlos Teixeira, os produtores gastaram R$ 1,65 por quilo de ave viva em novembro e receberam R$ 1,54 na hora da comercialização.

TEMPOS DE ALTA
Mercado enxuto e semana de pagamento de salários permitiram reajuste nos preços do frango vivo no mercado paulista. O quilo foi a R$ 1,65, ontem.


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