|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
RECUPERAÇÃO
Governo dos EUA prevê gasto menor na ajuda a bancos
JANAINA LAGE
DE NOVA YORK
O governo dos EUA revisou para baixo a estimativa
de custos com o pacote de
US$ 700 bilhões aprovado
em 2008 para salvar instituições financeiras. A projeção
de custo foi reduzida em US$
200 bilhões, o que abre espaço para o uso dos recursos
em um plano de estímulo para a criação de empregos.
Segundo as novas estimativas do Tesouro, o programa
de socorro a bancos custará
US$ 141 bilhões. As projeções anteriores, realizadas
em agosto, apontavam o
montante de US$ 341 bilhões. A diferença é que, com
a recuperação de Wall Street,
os bancos estão procurando
quitar as dívidas com o governo americano. Além disso, os investimentos feitos
pelo governo estão rendendo
mais do que o esperado.
O programa nunca foi
bem-visto pela população
americana. Além de procurar melhorar a imagem, os
bancos querem se livrar das
amarras impostas pelo governo às instituições que receberam recursos.
Existe o receio no setor de
que os bancos com auxílio
governamental em caixa acabem se tornando menos
competitivos. Até agora, os
bancos já devolveram US$
70 bilhões. Até o fim de 2010,
o governo espera ter recebido de volta US$ 175 bilhões.
Uma das negociações que
devem ser mais complicadas
é a do pagamento por parte
do Citigroup. De acordo com
a Reuters, o banco e o governo discordam sobre o valor
que deve ressarcido aos cofres de Washington.
É que, além dos US$ 45 bilhões estatais injetados na
instituição, o governo (que
hoje é um dos principais
acionistas do banco) se comprometeu a garantir parte de
ativos problemáticos que somavam US$ 182 bilhões -e
há divergências sobre como a
Casa Branca deixaria de avalizar esses papéis.
O programa de socorro
vence no fim deste ano, mas
é possível que seja prorrogado até o fim de 2010. O secretário do Tesouro, Timothy
Geithner, disse na semana
passada que ainda existem
partes do sistema financeiro
que precisam do suporte.
Com a previsão de custos
menores, congressistas já
discutem o que pode ser feito
com o dinheiro que voltará
para as mãos do governo.
De um lado, os republicanos afirmam que os recursos
devem ser usados para suavizar a dívida pública. Os democratas argumentam que o
governo precisa aproveitar o
dinheiro para injetar recursos em um programa de estímulo à criação de vagas.
Texto Anterior: Vaivém das commodities Próximo Texto: Risco: Agência ameaça rebaixar novamente nota da Grécia Índice
|