São Paulo, sexta-feira, 09 de janeiro de 2009

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Obama quer plano aprovado rapidamente

ANDREA MURTA
DE NOVA YORK

Alertando sobre os riscos de uma taxa de desemprego de dois dígitos e de "uma geração" de ganhos perdidos, o presidente eleito dos EUA, Barack Obama, pressionou o Congresso ontem a agir rapidamente em seu plano de resgate econômico, que poderá ultrapassar US$ 800 bilhões, para evitar que a crise econômica se aprofunde. Entre as medidas, está o corte de impostos de US$ 1.000 por casal.
"Não acho que seja tarde demais para mudar de curso, mas será tarde se não tomarmos medidas dramáticas o mais rápido possível", disse o democrata a uma plateia de governadores, congressistas e conselheiros em discurso na Universidade George Mason (Virgínia). "Se nada for feito, essa recessão poderá se arrastar por anos."
O chamado Plano Americano de Recuperação e Estímulo inclui a oferta de US$ 500 por trabalhador -US$ 1.000 por casal-, "na primeira fase de redução de impostos para a classe média, prometida durante a campanha".
Também prevê generosos cortes de impostos para empresas que perderam dinheiro em 2008 e 2009; créditos para novas contratações; cerca de US$ 100 bilhões para o sistema de saúde; dobrar a produção de energia alternativa nos próximos três anos; modernizar 75% dos prédios federais e investir em escolas, entre outros.
O discurso marcou o começo de uma campanha formal para acelerar a aprovação do plano no Capitólio, em meio a sinais crescentes de que congressistas se preparam para barganhar nas negociações. Obama admitiu que o plano "certamente aumentará o déficit orçamentário", já projetado em US$ 1,2 trilhão para o ano fiscal corrente.
"Peço ao Congresso que trabalhe comigo e com minha equipe noite e dia, em finais de semana se necessário, para aprovar o plano nas próximas semanas."


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