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Bovespa acompanha EUA e sobe 1,87%
Bolsa paulista atinge 43,4 mil pontos, e mercados americano, europeu e asiático também registram alta nos pregões
Dólar volta a recuar e fecha cotado a R$ 2,10; relatório sobre trabalho nos
EUA poderá mexer com o mercado hoje
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
A Bovespa seguiu a rota de
recuperação do mercado norte-americano e alcançou alta de
1,87% ontem. Mas ainda segue
bem abaixo do nível em que
trabalhava no dia 26 de fevereiro, antes de começar a atual
turbulência. Ontem a Bolsa foi
a 43.465 pontos. No dia 26, registrava 46.207 pontos.
O mercado norte-americano
respondeu positivamente aos
dados de novos pedidos de seguro-desemprego no país, que
cederam na semana passada, ficando em 328 mil. O mercado
esperava cerca de 333 mil pedidos. Os números amorteceram
as preocupações em torno de
pressões inflacionárias.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subiu 0,56%, e a Nasdaq teve valorização de 0,55% -resultados
que ajudaram a dar ânimo ao
mercado acionário brasileiro.
A alta da Bovespa só não foi
mais expressiva ontem devido
ao desempenho mais fraco das
ações da Vale do Rio Doce, que
chegaram a cair durante o pregão. A ação PNA da companhia
foi a mais negociada do dia e
terminou com valorização de
0,85%. A ação ON subiu 0,30%.
O dólar comercial desceu
mais um pouco ontem: terminou as operações vendido a R$
2,108, em baixa de 0,24%.
Na Europa, o mercado acionário também teve um dia de
ganhos. O BCE (Banco Central
Europeu) elevou os juros em
0,25 ponto percentual, para
3,75%. A decisão era aguardada
e não estragou o desempenho
do mercado.
A Bolsa de Madri subiu
2,02%. Frankfurt ganhou
1,44%, e Londres, 1,16%.
Os resultados positivos na
Ásia também colaboraram para
a calmaria. O índice Nikkei, em
Tóquio, subiu 1,94%. A Bolsa de
Xangai ganhou 1,09%.
Hoje vai ser divulgado nos
EUA o relatório de fevereiro do
mercado de trabalho, muito
aguardado pelos investidores.
A decisão do Copom (Comitê
de Política Monetária) de reduzir a taxa básica Selic em 0,25
ponto percentual na quarta, para 12,75% ao ano, não trouxe
surpresa aos investidores.
Segundo análise elaborada
pela Modal Asset, "a decisão do
Copom não sepultou definitivamente a possibilidade da retomada do ritmo de corte de 0,5
ponto na Selic, apesar de essa
hipótese ser cada vez menos
provável. A diferença é que essa
discussão se dará somente em
meados de abril, provavelmente com a escolha já definitiva da
composição do BC e em um
ambiente bem mais propício a
discussões técnicas".
Na BM&F, o contrato DI que
vence no fim do mês viu a taxa
projetada ir de 12,62% a
12,65%. O DI com resgate na virada do ano, o mais negociado,
fechou com taxa de 12,07%,
contra 12,02% do dia anterior.
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