São Paulo, sexta-feira, 09 de março de 2007

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Bovespa acompanha EUA e sobe 1,87%

Bolsa paulista atinge 43,4 mil pontos, e mercados americano, europeu e asiático também registram alta nos pregões

Dólar volta a recuar e fecha cotado a R$ 2,10; relatório sobre trabalho nos EUA poderá mexer com o mercado hoje


FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bovespa seguiu a rota de recuperação do mercado norte-americano e alcançou alta de 1,87% ontem. Mas ainda segue bem abaixo do nível em que trabalhava no dia 26 de fevereiro, antes de começar a atual turbulência. Ontem a Bolsa foi a 43.465 pontos. No dia 26, registrava 46.207 pontos.
O mercado norte-americano respondeu positivamente aos dados de novos pedidos de seguro-desemprego no país, que cederam na semana passada, ficando em 328 mil. O mercado esperava cerca de 333 mil pedidos. Os números amorteceram as preocupações em torno de pressões inflacionárias.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, subiu 0,56%, e a Nasdaq teve valorização de 0,55% -resultados que ajudaram a dar ânimo ao mercado acionário brasileiro.
A alta da Bovespa só não foi mais expressiva ontem devido ao desempenho mais fraco das ações da Vale do Rio Doce, que chegaram a cair durante o pregão. A ação PNA da companhia foi a mais negociada do dia e terminou com valorização de 0,85%. A ação ON subiu 0,30%.
O dólar comercial desceu mais um pouco ontem: terminou as operações vendido a R$ 2,108, em baixa de 0,24%.
Na Europa, o mercado acionário também teve um dia de ganhos. O BCE (Banco Central Europeu) elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para 3,75%. A decisão era aguardada e não estragou o desempenho do mercado.
A Bolsa de Madri subiu 2,02%. Frankfurt ganhou 1,44%, e Londres, 1,16%.
Os resultados positivos na Ásia também colaboraram para a calmaria. O índice Nikkei, em Tóquio, subiu 1,94%. A Bolsa de Xangai ganhou 1,09%.
Hoje vai ser divulgado nos EUA o relatório de fevereiro do mercado de trabalho, muito aguardado pelos investidores.
A decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) de reduzir a taxa básica Selic em 0,25 ponto percentual na quarta, para 12,75% ao ano, não trouxe surpresa aos investidores.
Segundo análise elaborada pela Modal Asset, "a decisão do Copom não sepultou definitivamente a possibilidade da retomada do ritmo de corte de 0,5 ponto na Selic, apesar de essa hipótese ser cada vez menos provável. A diferença é que essa discussão se dará somente em meados de abril, provavelmente com a escolha já definitiva da composição do BC e em um ambiente bem mais propício a discussões técnicas".
Na BM&F, o contrato DI que vence no fim do mês viu a taxa projetada ir de 12,62% a 12,65%. O DI com resgate na virada do ano, o mais negociado, fechou com taxa de 12,07%, contra 12,02% do dia anterior.


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