São Paulo, Terça-feira, 09 de Março de 1999
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REAÇÃO
Secretário exige cumprimento
EUA apóiam novo acordo, diz Rubin

das agências internacionais

O secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, disse ontem que, diante do anúncio de um novo acordo entre o governo brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional), os EUA estão preparados para liberar novos recursos para o Brasil.
"Nesse contexto, nós estamos preparados para nos juntarmos ao FMI e a outros países para fazer financiamentos adicionais substanciais (ao Brasil), disponíveis dentro do programa de apoio internacional arranjado no ano passado", afirmou Rubin.
Logo após o anúncio do novo acordo, o secretário do Tesouro divulgou um comunicado no qual defendeu a "implementação firme e sustentável" do pacto com o FMI.
Segundo ele, o cumprimento do acordo é o caminho para o país se reestabilizar, voltar a crescer e ganhar confiança dos investidores.
Segundo Rubin, o Brasil está tomando "passos importantes" para reduzir o déficit fiscal e sua recuperação econômica é "de importância crítica para os EUA, para outras economias regionais e para a comunidade internacional".
O diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, afirmou ontem que recomendará à direção do FMI a aprovação do novo programa acertado com o Brasil.
Em comunicado, ele disse que a direção executiva do FMI deverá aprovar a revisão do acordo com o Brasil, o que possibilitará a liberação de uma nova parcela de recursos para o país, de US$ 4,5 bilhões, provavelmente no final de março ou no começo de abril.

Reação alemã
O presidente do Bundesbank (o banco central da Alemanha), Hans Tietmeyer, disse ontem que o novo programa acertado entre o Brasil e o FMI "reestabelecerá a confiança".
Segundo Tietmeyer, a reconquista da credibilidade é muito importante não só para o Brasil, mas para outros países também.
Em reunião com presidentes do banco central do G-10 (dez nações mais industrializadas) em Basiléia, na Suíça, ele afirmou que a crise brasileira não tem provocado um impacto tão contagioso como a crise russa.


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