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REAÇÃO
Secretário exige cumprimento
EUA apóiam novo acordo, diz Rubin
das agências internacionais
O secretário do Tesouro norte-americano, Robert Rubin, disse
ontem que, diante do anúncio de
um novo acordo entre o governo
brasileiro e o FMI (Fundo Monetário Internacional), os EUA estão
preparados para liberar novos recursos para o Brasil.
"Nesse contexto, nós estamos
preparados para nos juntarmos ao
FMI e a outros países para fazer financiamentos adicionais substanciais (ao Brasil), disponíveis dentro do programa de apoio internacional arranjado no ano passado",
afirmou Rubin.
Logo após o anúncio do novo
acordo, o secretário do Tesouro divulgou um comunicado no qual
defendeu a "implementação firme
e sustentável" do pacto com o FMI.
Segundo ele, o cumprimento do
acordo é o caminho para o país se
reestabilizar, voltar a crescer e ganhar confiança dos investidores.
Segundo Rubin, o Brasil está tomando "passos importantes" para
reduzir o déficit fiscal e sua recuperação econômica é "de importância crítica para os EUA, para outras
economias regionais e para a comunidade internacional".
O diretor-gerente do FMI, Michel Camdessus, afirmou ontem
que recomendará à direção do FMI
a aprovação do novo programa
acertado com o Brasil.
Em comunicado, ele disse que a
direção executiva do FMI deverá
aprovar a revisão do acordo com o
Brasil, o que possibilitará a liberação de uma nova parcela de recursos para o país, de US$ 4,5 bilhões,
provavelmente no final de março
ou no começo de abril.
Reação alemã
O presidente do Bundesbank (o
banco central da Alemanha), Hans
Tietmeyer, disse ontem que o novo
programa acertado entre o Brasil e
o FMI "reestabelecerá a confiança".
Segundo Tietmeyer, a reconquista da credibilidade é muito importante não só para o Brasil, mas para
outros países também.
Em reunião com presidentes do
banco central do G-10 (dez nações
mais industrializadas) em Basiléia,
na Suíça, ele afirmou que a crise
brasileira não tem provocado um
impacto tão contagioso como a
crise russa.
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