São Paulo, Terça-feira, 09 de Março de 1999
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BC usou cerca de US$ 500 mi em três dias

da Sucursal de Brasília

O Banco Central usou em torno de US$ 505 milhões para intervir no câmbio nos três primeiros dias de março, sobrando perto de US$ 2,5 bilhões dos recursos do FMI (Fundo Monetário Internacional) para serem gastos.
O BC não informa quando intervém no câmbio nem divulga os volumes de recursos que usa. Mas a variação de suas reservas em moeda estrangeira dá uma idéia aproximada de quanto foi usado para conter as oscilações do câmbio, embora com alguma defasagem.
Com as posições de reservas divulgadas até agora, só é possível estimar quanto o BC vendeu nos três primeiros dias de março.
Primeiro, porque as reservas são divulgadas com um dia de defasagem. Depois, porque as vendas de dólares que o BC faz em um dia só vão se refletir nas reservas dois dias depois, quando as operações são liquidadas.
Assim, as vendas de dólares que o BC fez nos dias 1, 2 e 3 de março só vão se refletir nas reservas nos dias 3, 4 e 5 de março, respectivamente.
Nesse período, as reservas caíram US$ 505 milhões. Na sexta-feira passada, 5 de fevereiro, as reservas fecharam em US$ 34,588 bilhões, contra US$ 35,093 bilhões registrados três dias antes, em 2 de fevereiro.
Essa variação das reservas dá apenas uma idéia do tamanho das intervenções do BC, mas não permite conclusões exatas.
Não só as intervenções do BC causam perda de reservas. Elas podem decorrer de lucros e prejuízos na aplicação das reservas, oscilações nas moedas que compõem as reservas e pagamentos da dívida externa do Tesouro.
O ex-presidente do BC Francisco Lopes havia se comprometido a divulgar os dados quando a instituição faz pagamentos de dívidas, mas a orientação deixou de ser observada após sua saída.


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