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BNDES terá até R$ 250 bi para política industrial, diz Jorge
Segundo ministro, banco terá novos recursos para financiamentos até 2010
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio,
Miguel Jorge, afirmou ontem
que o BNDES (Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social) contribuirá com um
valor entre R$ 200 bilhões e R$
250 bilhões até 2010 em financiamentos para a nova política
industrial. Segundo o ministro,
o banco terá "novos recursos".
O ministro não esclareceu a
origem dos novos recursos do
BNDES. Afirmou apenas que
poderão vir do Tesouro e de
captações do banco no exterior,
mas não indicou a proporção.
O BNDES ainda negocia com
o governo a obtenção de parte
dos recursos para fechar o orçamento deste ano, de R$ 80 bilhões. O montante citado por
Jorge é cerca de três vezes
maior do que o orçamento de
2008. "Temos possibilidade de
conseguir dinheiro para o
BNDES em outros lugares além
do Tesouro", disse.
O BNDES disse que o detalhamento da aplicação dos recursos ainda está em discussão.
Em 2007, segundo o banco, a
principal fonte de recursos do
"funding" do banco é o retorno
dos empréstimos, com 63% de
participação, seguida das verbas do FAT (Fundo de Amparo
do Trabalhador), com 13%.
Desoneração
Segundo Jorge, a nova política, que já foi adiada inúmeras
vezes, será divulgada na próxima semana. Ele ressalta que
ainda falta definir em reuniões
com o Ministério da Fazenda e
com a Receita Federal o montante previsto de desonerações.
A idéia é tornar as empresas
brasileiras mais competitivas
por meio de uma menor incidência de impostos que valeria
tanto para as exportadoras como para as empresas voltadas
ao mercado interno.
Para Jorge, o corte de R$ 19,4
bilhões anunciado pelo governo nas despesas do Orçamento
deste ano não deve interferir
nas desonerações. "Nós já sabíamos [que haveria corte]."
Em Miami (EUA), o ministro
Paulo Bernardo (Planejamento) disse que o corte mais amplo indica mais vantagens na
política industrial. "O presidente optou pela opção aparentemente mais dura, sinalizando
que ele deve estar querendo
apoiar uma desoneração maior
da política industrial."
Colaborou DANIEL BERGAMASCO ,
enviado especial a Miami
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