São Paulo, quarta-feira, 09 de abril de 2008

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INVESTIMENTO

Brasil diz que BID deve ampliar recursos para atender à AL

DANIEL BERGAMASCO
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI

O ministro Paulo Bernardo Silva (Planejamento) insistiu ontem em seu discurso no de encerramento da Reunião Anual do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) que o banco deve se empenhar para ampliar sua capacidade de financiamento e atender à demanda da América Latina em meio a um período "crítico" da economia mundial.
"O BID tem hoje uma demanda de financiamento que supera seu limite anual para empréstimos e garantias de crédito em cerca de US$ 8 bilhões. Isso significa, que a capacidade de emprestar do banco se encontra comprometida em um momento crítico para a região", disse ele. O valor foi calculado pelo ministro após reuniões com representantes de países da América Latina.
Para o Brasil, diz ele, a previsão é de que muitos projetos -que somam mais de US$ 1 bilhão dos US$ 5,4 bilhões solicitados por iniciativa pública e privada- não serão atendidos.
Em 2007, o banco aprovou gastos de US$ 9,6 bilhões e desembolsou de fato US$ 7,6 bilhões. "Conversei com cerca de 15 países [...] e em muitos deles a demanda é pública, como o Paraguai, a Bolívia... No caso do Brasil é diferente, nós não temos grandes pedidos do governo federal, mas temos de empresas privadas e dos governos estaduais", disse Bernardo.
Luis Alberto Moreno, presidente do BID, afirma que, mesmo se separarem os bons projetos dos menos interessantes, ainda assim faltará dinheiro para os prioritários. Moreno diz que espera, contudo, poder liberar recursos para esses a médio prazo.
Segundo ele, o Brasil é um dos favoritos. "É o cliente mais importante do banco [com previsão de obter 27% dos recursos em 2008]".


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