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INVESTIMENTO
Brasil diz que BID deve ampliar recursos para atender à AL
DANIEL BERGAMASCO
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI
O ministro Paulo Bernardo Silva (Planejamento) insistiu ontem em seu discurso
no de encerramento da Reunião Anual do BID (Banco
Interamericano de Desenvolvimento) que o banco deve se empenhar para ampliar
sua capacidade de financiamento e atender à demanda
da América Latina em meio a
um período "crítico" da economia mundial.
"O BID tem hoje uma demanda de financiamento
que supera seu limite anual
para empréstimos e garantias de crédito em cerca de
US$ 8 bilhões. Isso significa,
que a capacidade de emprestar do banco se encontra
comprometida em um momento crítico para a região",
disse ele. O valor foi calculado pelo ministro após reuniões com representantes de
países da América Latina.
Para o Brasil, diz ele, a previsão é de que muitos projetos -que somam mais de
US$ 1 bilhão dos US$ 5,4 bilhões solicitados por iniciativa pública e privada- não serão atendidos.
Em 2007, o banco aprovou
gastos de US$ 9,6 bilhões e
desembolsou de fato US$ 7,6
bilhões. "Conversei com cerca de 15 países [...] e em muitos deles a demanda é pública, como o Paraguai, a Bolívia... No caso do Brasil é diferente, nós não temos grandes
pedidos do governo federal,
mas temos de empresas privadas e dos governos estaduais", disse Bernardo.
Luis Alberto Moreno, presidente do BID, afirma que,
mesmo se separarem os bons
projetos dos menos interessantes, ainda assim faltará
dinheiro para os prioritários.
Moreno diz que espera, contudo, poder liberar recursos
para esses a médio prazo.
Segundo ele, o Brasil é um
dos favoritos. "É o cliente
mais importante do banco
[com previsão de obter 27%
dos recursos em 2008]".
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