São Paulo, domingo, 09 de maio de 2004

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Cai participação dos salários no PIB em dez anos

DA REPORTAGEM LOCAL

A participação da remuneração dos empregados no total do PIB teve uma dramática redução nos últimos dez anos, revela estudo de Adriana Nunes Ferreira, economista da Unicamp.
A primeira queda abrupta ocorreu em 1994, ano do Plano Real. A remuneração dos empregados correspondeu a 40% do PIB -queda de cinco pontos percentuais em relação ao ano anterior.
Segundo dados do IBGE, em 1995, primeiro ano do governo Fernando Henrique Cardoso, os rendimentos dos empregados representaram 45,7% do PIB, totalizando R$ 247,1 bilhões. Em contrapartida, os juros recebidos pelos agentes econômicos corresponderam a 39,3% do PIB e totalizaram R$ 212,5 bilhões.
Em 2002, último ano da era FHC, os juros recebidos pelos rentistas totalizaram R$ 879,1 bilhões ou 65% do PIB. A maior fatia, 75%, ficou com as empresas financeiras (R$ 661,6 bilhões), seguidas das empresas não-financeiras (R$ 89,7 bilhões). Já a participação da remuneração dos empregados totalizou R$ 486,7 bilhões e caiu para 36% do PIB em 2002.


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