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Analistas traçam 3 cenários divergentes
de Washington
Existem basicamente três cenários para a economia norte-americana.
O mais otimista, que conta com
cada vez menos adeptos, estima
que o crescimento de 3,9% do PIB
(Produto Interno Bruto) verificado em 1997 e em 1998 poderá se repetir em 1999 e, quem sabe, no ano
seguinte.
"Parece que o crescimento ainda
não perdeu seu momento", disse
Cynthia Latta, da Standard &
Poor. "A produção industrial ainda está razoavelmente forte e o
consumo aumenta", disse ela.
Essa visão otimista parte do pressuposto de que a inflação (1% em
1998, a menor desde a década de
50) e o desemprego (4,2% em março, o menor em 29 anos) baixos deram início a um padrão novo de
comportamento econômico. Seria
possível, segundo eles, manter indefinidamente um ritmo forte de
crescimento sem ameaças inflacionárias.
Os pessimistas -um grupo cada
vez mais numeroso- discordam
com argumentos novos. Eles concordam que a inflação baixa num
ambiente de crescimento longo é
um elemento surpreendente. Mas
dizem que, desde janeiro, dois novos fatores corroem as bases desse
crescimento.
O primeiro é a limitação do mercado de trabalho. As indústrias
não estão conseguindo encontrar
desempregados em número suficiente para satisfazer um consumo
cada vez mais forte.
"Num determinado ponto, as
condições do mercado de trabalho
podem se tornar tão apertadas que
o aumento nos salários começarão
a superar os ganhos de produtividade. Aí, os preços inevitavelmente começarão a subir", disse o pessimista por obrigação Alan
Greenspan, presidente do Fed (o
banco central norte-americano).
O cenário considerado neutro,
do FMI, também presume um
ajuste, só que lento e gradual, sem
causar pânico entre os consumidores.
"Tem que ser um ajuste suave",
disse Michael Mussa, diretor de
pesquisa do Fundo durante a reunião da instituição em abril. "O
mercado parece bastante valorizado no momento. Trazer os preços
das ações para uma relação mais
normal (com relação aos lucros
das empresas) pode ser algo saudável", disse Mussa.
(MA)
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