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Crescimento
trará déficit de
volta, diz Bird
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A esperada recuperação do
crescimento trará de volta o déficit do país nas transações de
bens e serviços com o resto do
mundo, segundo estimativa do
Banco Mundial.
O chamado déficit nas transações correntes, que chegou à
casa de 5% do PIB no governo
passado, foi drasticamente reduzido de 2002 para cá. De janeiro a abril, foi de apenas 0,6%
do PIB, ou US$ 884 milhões.
"A rápida queda no déficit
em transações correntes não
deve persistir. À medida que o
crescimento comece a se elevar, as contas externas vão cair
gradualmente e se estabilizar
num déficit moderado, entre
2% e 3% do PIB", diz o documento do Banco Mundial.
Se correta, tal avaliação derruba uma tese que chegou a ganhar adeptos na equipe econômica: a de que o país havia obtido um "ajuste estrutural" -ou
seja, de caráter permanente-
das contas externas.
Pela leitura do Bird, os expressivos superávits comerciais obtidos pelo Brasil, responsáveis pelo atual equilíbrio
das contas externas, se devem
muito à estagnação da economia, uma vez que a falta de
consumo interno estimula as
exportações e mantém baixas
as importações. Assim, apesar
dos progressos obtidos, a economia continuará vulnerável a
crises externas.
(GP)
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