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São Paulo, segunda-feira, 09 de junho de 2003

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Só expansão reduzirá a dívida

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Dados do Banco Central mostram que, sem a ajuda da queda do dólar e da inflação alta, os superávits primários recordes obtidos neste ano não teriam sido capazes de reduzir a proporção da dívida pública em relação ao PIB.
Se o câmbio e os preços internos não tivessem variado de janeiro a abril, a dívida pública teria subido de 56,5% do PIB (R$ 881,1 bilhões), em dezembro, para 57,9% do PIB (R$ 931,8 bilhões) em abril -apesar do grande superávit primário de 6,5% do PIB no período.
A explicação para o fenômeno está na permanência dos juros altos e na consequente ausência de crescimento econômico.
Pela lógica da política de superávits primários iniciada em 1999, o aperto fiscal deve ser capaz de reduzir a incerteza do mercado, credor da dívida, o que permitiria a queda gradual dos juros. Com menos despesas financeiras e mais crescimento econômico, a relação dívida/PIB tenderia a cair.
Os juros, de fato, tiveram alguma queda nos últimos anos, mas não o bastante para permitir um crescimento razoável. (GP)


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