São Paulo, terça-feira, 09 de julho de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

AÇO

AÇO Planta produziria 1,1 milhão de t/ano

Gerdau adia por um ano projeto de usina em SP

SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE, EM PORTO ALEGRE

A Gerdau decidiu colocar na gaveta por um ano o projeto de construir uma usina siderúrgica em São Paulo, anunciado no início de 2001.
O chamado "Projeto São Paulo" prevê a construção de uma unidade em duas etapas, cada uma com capacidade instalada de 550 mil toneladas de aço por ano.
"A nossa decisão é postergar o projeto por um ano. Só depois desse período vamos reavaliá-lo", disse ontem o vice-presidente da Gerdau, Osvaldo Schirmer.
Ele afirmou que, no Brasil o grupo gaúcho está em "boa condição" de atender à demanda do mercado nacional e até direcionar parte da produção para o exterior.

Açominas
A Gerdau pretende elevar no próximo mês a produção de perfis estruturais pesados (tipo de material de aço usado pela construção civil) da Açominas, situada entre os municípios de Ouro Branco e Congonhas, em Minas Gerais.
Segundo Schirmer, a idéia é aumentar a produção das atuais 8.000 toneladas por mês para 10 mil toneladas.
A meta da Açominas era atingir, em 2005, cerca de 270 mil toneladas ao ano, representando um crescimento médio na produção de cerca de 12% ao ano.
Para setembro do próximo ano, a Açominas deverá iniciar as operações de um laminador de fio-máquina (matéria-prima para produção de arames e pregos).
A máquina foi adquirida recentemente e, segundo Schirmer, no futuro também poderá fabricar vergalhões.
Para tocar esses dois projetos, a Gerdau contou com a ajuda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que aprovou financiamento de R$ 71 milhões.

Latibex
A Gerdau chega em setembro a Bolsa de Madri. O grupo anunciou ontem que suas ações começam em dois meses a ser listadas no Latibex, o mercado das empresas latino-americanas cotadas em euro da Bolsa espanhola.
Ter ações listadas em euro ajuda a empresa a se internacionalizar, sendo mais uma alternativa de financiamento.
Seu presidente, Jorge Gerdau Johannpeter, porém, descarta transformar todas as ações preferenciais da companhia em ações ordinárias para integrar o Novo Mercado da Bovespa.
Ele considera que isso seria desvirtuar a natureza da ação PN, que não dá direito a seu detentor a voto no conselho de administração, apenas "preferência" na hora de receber dividendos.



Texto Anterior: Luís Nassif: Mídia, denuncismo e democracia
Próximo Texto: Trabalho: Crise corrói políticas de emprego de FHC
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.