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AÇO
AÇO Planta produziria 1,1 milhão de t/ano
Gerdau adia por um ano projeto de usina em SP
SÉRGIO RIPARDO
DA FOLHA ONLINE, EM PORTO ALEGRE
A Gerdau decidiu colocar na gaveta por um ano o projeto de construir uma usina siderúrgica em São Paulo, anunciado no início de 2001.
O chamado "Projeto São Paulo" prevê a construção de uma unidade em duas etapas, cada uma com capacidade instalada de 550 mil toneladas de aço por ano.
"A nossa decisão é postergar o projeto por um ano. Só depois
desse período vamos reavaliá-lo", disse ontem o vice-presidente da
Gerdau, Osvaldo Schirmer.
Ele afirmou que, no Brasil o grupo gaúcho está em "boa condição" de atender à demanda do mercado nacional e até direcionar parte da produção para o exterior.
Açominas
A Gerdau pretende elevar no próximo mês a produção de perfis estruturais pesados (tipo de material de aço usado pela construção civil) da Açominas, situada
entre os municípios de Ouro Branco e Congonhas, em Minas Gerais.
Segundo Schirmer, a idéia é aumentar a produção das atuais
8.000 toneladas por mês para 10
mil toneladas.
A meta da Açominas era atingir,
em 2005, cerca de 270 mil toneladas ao ano, representando um
crescimento médio na produção
de cerca de 12% ao ano.
Para setembro do próximo ano,
a Açominas deverá iniciar as operações de um laminador de fio-máquina (matéria-prima para
produção de arames e pregos).
A máquina foi adquirida recentemente e, segundo Schirmer, no
futuro também poderá fabricar
vergalhões.
Para tocar esses dois projetos, a
Gerdau contou com a ajuda do
BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que aprovou financiamento de R$ 71 milhões.
Latibex
A Gerdau chega em setembro a Bolsa de Madri. O grupo anunciou ontem que suas ações começam em dois meses a ser listadas no Latibex, o mercado das empresas latino-americanas cotadas em euro da Bolsa espanhola.
Ter ações listadas em euro ajuda a empresa a se internacionalizar,
sendo mais uma alternativa de financiamento.
Seu presidente, Jorge Gerdau
Johannpeter, porém, descarta
transformar todas as ações preferenciais da companhia em ações
ordinárias para integrar o Novo
Mercado da Bovespa.
Ele considera que isso seria desvirtuar a natureza da ação PN,
que não dá direito a seu detentor a
voto no conselho de administração, apenas "preferência" na hora
de receber dividendos.
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