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Para FHC e Annan, ONU estará em teste
CÍNTIA CARDOSO
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
O avanço das propostas dos países em desenvolvimento durante
o encontro ministerial da OMC,
que começa amanhã em Cancún,
será um importante teste para o
andamento da Assembléia Geral
da ONU (Organização das Nações
Unidas), que se inicia na próxima
semana, em Nova York.
A avaliação parte do secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e do
ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Segundo FHC, se os
países em desenvolvimento conseguirem vencer a queda-de-braço das negociações comerciais
com os países ricos, pode-se criar
um ambiente mais favorável para
a implementação de reformas estruturais nas Nações Unidas.
A atuação da equipe de política
externa do governo Lula foi elogiada pelo ex-presidente. "O governo do Brasil agiu bem. Fez o
que tem de ser feito: aliou-se à
China, à Índia e a outros países
que têm uma posição semelhante
à nossa para exigir que os países
industrializados e ricos abram
efetivamente seus mercados."
FHC participou da abertura da
56ª conferência anual de ONGs
promovida pelas Nações Unidas.
Quanto aos prognósticos para o
encontro em Cancún, entretanto,
foi mais ácido ao criticar o projeto
de proposta lançado pelos EUA e
pela União Européia. "O esboço
de proposta oferecido pela Europa e pelos EUA é muito insatisfatório." Um dos principais pontos
de crítica diz respeito aos subsídios para exportação. Nessa questão, UE e EUA expressam que não
desejam a eliminação total de todos os subsídios.
O secretário-geral das Nações
Unidas, Kofi Annan, partilha da
opinião de FHC com relação ao
encontro de Cancún. "Vai ser um
teste muito importante." Annan
afirma que, se as negociações
agrícolas forem superadas, toda a
agenda de desenvolvimento, tanto a da OMC quanto a da ONU,
será desbloqueada. "Nós vivemos
agora uma nova atmosfera. Espero que o encontro de Cancún seja
uma verdadeira rodada de desenvolvimento", disse.
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