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Petróleo cai, mas Copom não descarta alta de combustíveis
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O BC (Banco Central) poderá
incorporar às previsões de inflação desse ano um reajuste da
gasolina. Na ata da reunião do
Copom divulgada ontem, os diretores avaliam que o aumento
no preço do barril de petróleo
deve se manter por mais tempo
do que o previsto e afirmam haver poucas chances de queda
nas cotações no curto prazo.
"O cenário central de trabalho adotado pelo Copom, que
prevê preços domésticos da gasolina inalterados em 2006,
vem se tornando progressivamente menos plausível, e, portanto, aumentaram significativamente os riscos à sua concretização", diz a ata.
O BC lembra que apesar das
quedas recentes na cotação, o
preço do barril ainda era 20%
superior ao do fim de 2005,
quando o Copom se reuniu nos
dias 29 e 30 de agosto. Mas essa
redução no valor do barril, já foi
suficiente para baixar as expectativas do mercado financeiro
de impacto do reajuste da gasolina na inflação de 2006.
De acordo com as últimas
projeções, o IPCA deve subir
0,15 ponto percentual caso o
governo decida pelo reajuste.
Antes da queda do preço do petróleo, as estimativas eram de
um impacto de 0,4 ponto percentual na inflação.
"Mesmo que o aumento dos
combustíveis seja forte, a inflação desse ano será baixa e a de
2007 também. Um reajuste não
será um problema tão grande",
avalia o economista Sérgio Valle, da MB Associados.
Embora não admita, o BC só
terá ganhos com um aumento
do combustível logo depois das
eleições. É que dessa forma, o
impacto será sobre a inflação
de 2006, que já está projetada
significativamente abaixo da
meta de 4,5% para esse ano.
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