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Dólar recua e fecha em R$ 1,885
MARCELO DIEGO
da Reportagem Local
A estratégia do Banco Central
de oferecer títulos públicos reajustados pelo câmbio ao mercado, como forma de proteção, vem
funcionando. Ontem, o dólar comercial deixou o patamar de R$
1,90, sendo vendido a R$ 1,885.
Desde 23 de agosto, a moeda
não fechava abaixo de R$ 1,90. Em
agosto, o mercado estava intranquilo diante do que considerava
uma fragilidade política do governo federal. Bancos e empresas
passaram a buscar proteção no
dólar, gerando alta na cotação.
No dia 27, o dólar chegou a R$
1,941 (o maior valor desde 8 de
março). O BC passou a promover
leilões diários de NBC-Es (Notas
do Banco Central, série Especial).
Os papéis remuneram de acordo com a variação cambial e juros
prefixados. Desde 30 de agosto,
cerca de R$ 4,5 bilhões em papéis
foram ofertados. O dólar caiu de
R$ 1,941 para R$ 1,885 (ontem),
uma variação de 2,89%.
Somente ontem o dólar caiu
1,82%, o maior recuo desde 22 de
abril. O BC leiloou lote extra de
notas cambiais, de seis meses de
vencimento, de R$ 500 milhões.
"O volume de títulos extras saturou um pouco o mercado", disse Luiz Antônio Abdo, da corretora Souza Barros. A mudança de
humor político, com o fortalecimento do ministro Malan (Fazenda), também ajudou no recuo do
dólar. "A leitura da situação do
Brasil e da América Latina não é
tão grave quanto no mês passado", afirmou Édson Valezin, da
B&T Associados. "Não vejo motivos para alta do dólar", disse.
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