São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
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COMBUSTÍVEIS
Barril tem maior cotação dos últimos 31 meses, em Londres
Preço do petróleo volta a subir e chega a US$ 22,25

das agências internacionais

O preço do petróleo teve nova alta ontem e atingiu o nível mais alto em 31 meses (fevereiro de 97).
O petróleo tipo brent -que serve como referência para o mercado internacional- subiu 1,2% e fechou cotado, em Londres, a US$ 22,25 o barril.
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) anunciou ontem que poderá estender os cortes na produção de petróleo até depois de março do próximo ano, o que puxou para cima as cotações.
O corte, de acordo com o secretário-geral da organização, o nigeriano Rilwanu Lukman, será prorrogado se os preços apresentarem recuo no início de 2000, quando há queda sazonal da demanda.
Os 11 países que compõem a Opep firmaram, em março deste ano, um acordo para reduzir a produção diária de petróleo em 1,7 milhão de barris. A medida, que entrou em vigor em abril, foi tomada para elevar os preços do produto, que estavam, no início do ano, em seu nível mais baixo em 22 anos (em torno de US$ 10).
Graças aos cortes, porém, o petróleo vem mantendo trajetória contínua de alta e mais que dobrou de preço.
Analistas estimam que até o fim do ano o barril chegue a US$ 25, patamar que o produto alcançou logo após o início da Guerra do Golfo, em janeiro de 91.
Os países-membros da Opep se reúnem no próximo dia 22 em Viena (Áustria) para discutir a situação e decidir pela manutenção ou não dos cortes. O acordo em vigor hoje prevê cortes na produção até março do ano que vem.

Greve na Venezuela
Representantes da Fedepetrol, a federação dos petroleiros, se reúnem hoje com o ministro do Trabalho venezuelano para decidir se a categoria entrará em greve ou não na próxima terça-feira.
A federação convocou 40 mil petroleiros para a greve geral e ameaça também paralisar o carregamento de petróleo nos portos se o governo dobrar os salários.
Em Nova York, o barril do tipo "light sweet crude" -parâmetro para as petrolíferas norte-americanas- voltou a subir pelo terceiro dia consecutivo e chegou a US$ 22,66. Na véspera, o produto foi cotado a US$ 22,61.


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