São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
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Renovação de frota deve sair até outubro

em São Paulo

A indústria automotiva espera fechar, no mais tardar até o final de outubro, os acertos com o governo federal para implementar no país um programa de renovação de frota, apontado como solução definitiva para a recuperação do setor.
Segundo Pérsio Luiz Pastre, um dos vice-presidentes da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), todos os setores envolvidos na discussão estão trabalhando nesse sentido.
A Anfavea já apresentou ao governo uma proposta que prevê concessão de bônus de R$ 1.800 para a troca de veículos com mais de 15 anos de uso.
O governo federal abriria mão de R$ 700 de IPI (Imposto sobre Propriedade Industrial), os governos estaduais, de R$ 500 de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), e as montadoras dividiram com as concessionárias um bônus de R$ 600.
Na segunda-feira da semana passada, o então ministro do Desenvolvimento, Clóvis Carvalho, disse em São Paulo que o governo considerava "insuficiente" a participação das concessionárias na composição do bônus.
A Anfavea disse que não foi informada oficialmente dessa posição do governo.
A intenção otimista é fazer com que o acordo de renovação comece a valer já no início de outubro para não haver "buracos" entre o fim do plano emergencial e o início de vigência do programa.
A entidade acredita que não haverá atrasos nas discussões do programa, mesmo com a saída de Carvalho do Desenvolvimento.
Estudos da Anfavea apontam potencial de 5 milhões de veículos para entrar no programa de renovação. Estima-se que 400 mil unidades sejam vendidas por ano por causa do programa.
As montadoras ficarão responsáveis pela reciclagem dos veículos velhos. Já existem duas usinas experimentais.
Mesmo que o programa não saia até o final de setembro, a Anfavea acredita que não haverá nova reedição do acordo emergencial. O governo também já fez essa afirmação.
Por causa disso, os preços dos veículos a partir do início de outubro devem ficar mais caros.


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