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Renovação de frota deve sair até outubro
em São Paulo
A indústria automotiva espera
fechar, no mais tardar até o final
de outubro, os acertos com o governo federal para implementar
no país um programa de renovação de frota, apontado como solução definitiva para a recuperação
do setor.
Segundo Pérsio Luiz Pastre, um
dos vice-presidentes da Anfavea
(Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores),
todos os setores envolvidos na
discussão estão trabalhando nesse sentido.
A Anfavea já apresentou ao governo uma proposta que prevê
concessão de bônus de R$ 1.800
para a troca de veículos com mais
de 15 anos de uso.
O governo federal abriria mão
de R$ 700 de IPI (Imposto sobre
Propriedade Industrial), os governos estaduais, de R$ 500 de
ICMS (Imposto sobre Circulação
de Mercadorias e Serviços), e as
montadoras dividiram com as
concessionárias um bônus de R$
600.
Na segunda-feira da semana
passada, o então ministro do Desenvolvimento, Clóvis Carvalho,
disse em São Paulo que o governo
considerava "insuficiente" a participação das concessionárias na
composição do bônus.
A Anfavea disse que não foi informada oficialmente dessa posição do governo.
A intenção otimista é fazer com
que o acordo de renovação comece a valer já no início de outubro
para não haver "buracos" entre o
fim do plano emergencial e o início de vigência do programa.
A entidade acredita que não haverá atrasos nas discussões do
programa, mesmo com a saída de
Carvalho do Desenvolvimento.
Estudos da Anfavea apontam
potencial de 5 milhões de veículos
para entrar no programa de renovação. Estima-se que 400 mil unidades sejam vendidas por ano por
causa do programa.
As montadoras ficarão responsáveis pela reciclagem dos veículos velhos. Já existem duas usinas
experimentais.
Mesmo que o programa não
saia até o final de setembro, a Anfavea acredita que não haverá nova reedição do acordo emergencial. O governo também já fez essa
afirmação.
Por causa disso, os preços dos
veículos a partir do início de outubro devem ficar mais caros.
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