São Paulo, Quinta-feira, 09 de Setembro de 1999
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CUT e Força criticam cota tarifária

em São Paulo

As duas principais centrais sindicais do país criticaram ontem a decisão do governo federal de prorrogar até 31 de dezembro a cota tarifária que permite a importação de veículos de montadoras da Europa, da Coréia do Sul e do Japão com tarifa reduzida pela metade.
O presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que a medida restringe os empregos no Brasil e beneficia a abertura de postos de trabalho no exterior.
"Quanto mais se entra carro importado no Brasil, menos se fabrica carro aqui. Aí vêm férias coletivas, demissão e fechamento de empresas", afirmou.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, líder da Força Sindical, tem a mesma opinião.
"É um absurdo. Em todo lugar do mundo há barreiras para produtos estrangeiros. Aqui é o contrário, criam-se todas as facilidades para exportar empregos."
A prorrogação da medida foi anunciada na última sexta-feira, quando deveria ser eliminada.
Diferentemente do sindicalista, a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) considera a decisão do governo "normal".
"Não vemos nenhum aspecto negativo. Não há preocupação maior sobre o assunto. É até importante para o mercado", disse o vice-presidente da entidade Pérsio luiz Pastre, durante apresentação do desempenho do setor em agosto. (FP)

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