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CUT e Força criticam cota tarifária
em São Paulo
As duas principais centrais sindicais do país criticaram ontem a
decisão do governo federal de
prorrogar até 31 de dezembro a
cota tarifária que permite a importação de veículos de montadoras da Europa, da Coréia do Sul e
do Japão com tarifa reduzida pela
metade.
O presidente da CUT (Central
Única dos Trabalhadores), Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho,
disse que a medida restringe os
empregos no Brasil e beneficia a
abertura de postos de trabalho no
exterior.
"Quanto mais se entra carro importado no Brasil, menos se fabrica carro aqui. Aí vêm férias coletivas, demissão e fechamento de
empresas", afirmou.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, líder da Força Sindical, tem a
mesma opinião.
"É um absurdo. Em todo lugar
do mundo há barreiras para produtos estrangeiros. Aqui é o contrário, criam-se todas as facilidades para exportar empregos."
A prorrogação da medida foi
anunciada na última sexta-feira,
quando deveria ser eliminada.
Diferentemente do sindicalista,
a Anfavea (Associação Nacional
dos Fabricantes de Veículos Automotores) considera a decisão
do governo "normal".
"Não vemos nenhum aspecto
negativo. Não há preocupação
maior sobre o assunto. É até importante para o mercado", disse o
vice-presidente da entidade Pérsio luiz Pastre, durante apresentação do desempenho do setor em
agosto.
(FP)
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