São Paulo, segunda-feira, 09 de outubro de 2006

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Manufaturados dominam a pauta de importações

DA REDAÇÃO

O crescimento das importações de componentes se insere em um processo de predomínio cada vez maior de bens manufaturados na pauta de importação do Brasil em relação à China. Em valores, a participação de tais bens no total adquirido do país asiático subiu de 83,6% em 2003, no primeiro ano do governo Lula, para 96,5% nos oito primeiros meses deste ano, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento.
Na contramão, no mesmo período de comparação, a participação de bens básicos diminuiu de 15,2% para 2,3%. A análise da pauta de importações brasileiras da China evidencia a mudança acelerada desse perfil nos últimos anos.
Há três anos, quatro dos dez principais itens importados da China eram coque ou hulha (carvão mineral), bens básicos que servem de matéria-prima para a produção de aço nas siderúrgicas. Quantidades ou valores que, na contramão da corrente global, caíram ou até "sumiram" da pauta.
Entre as razões, a entrada em operação de novas coquerias, que diminuíram a dependência de siderúrgicas em relação ao coque. É o caso da Usiminas, por exemplo, que importa hoje 300 mil toneladas da matéria-prima, mas que pretende alcançar a auto-suficiência em 2009, quando deve inaugurar sua terceira coqueria em Ipatinga (Minas Gerais). O investimento chega a US$ 200 milhões.


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