São Paulo, sábado, 09 de novembro de 2002

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COMENTÁRIO

Força se testa na oposição ao governo PT

DA REPORTAGEM LOCAL

A opção da Força Sindical pela greve durante as negociações salariais deste ano em um cenário de desaquecimento da economia e desemprego recorde é também uma forma de chamar a atenção dos trabalhadores ou de voltar à mídia após a derrota de Paulo Pereira da Silva, presidente da central, como vice na chapa de Ciro Gomes (PPS).
A central, que apoiou o governo tucano nas negociações do acordo do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), por exemplo, passa, no governo petista, a ter o papel de oposição.
Isso significa que a central de Paulinho vai cobrar mais de Lula do que cobrou de FHC. Uma greve geral a ser anunciada no dia 1º de Maio de 2003 já estaria sendo articulada nos bastidores da Força para cobrar do governo do PT as promessas de campanha.
Cinco meses de governo já seriam suficientes, no entender de líderes da Força, para Lula mostrar a que veio. A pressão sobre o governo petista será para aumentar o salário mínimo, a aposentadoria e combater o desemprego.
Mas Paulinho vai enfrentar obstáculos dentro da própria central. Sindicalistas ligados a ele dizem que o deputado federal Luiz Antônio de Medeiros (PL-SP), um dos fundadores da Força Sindical, quer voltar a ter mais peso dentro da central. (FF e CR)

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