DA REPORTAGEM LOCAL

O varejo e os fabricantes de cerveja travam uma disputa tão acirrada quanto a das marcas de cervejas no momento de definir os preços finais de venda dos produtos ao consumidor.
Ocorre que, com o aumento da concorrência no setor, o varejo ampliou seu poder de barganha nessas negociações.
Nas recentes conversas entre representantes do setor e supermercados, ocorridas em outubro, as lojas deixaram claro que o cenário mudou. Informaram a gerência de venda, responsável pelas negociações, que, se aumentarem preços, as redes devem reduzir a compra de mercadorias e recorrerão à concorrência.
A queda-de-braço foi relatada à Folha por um dos participantes dessas conversas entre uma cadeia de supermercados e a gerência de uma das fabricantes.
Maior cervejaria do Brasil, a AmBev informa que não promoveu novos aumentos de preço desde julho e não encontrou dificuldades para finalizar os contratos de venda com os supermercados para os próximos meses.
Essas movimentações sempre acontecem quando aumenta a disputa num mercado concentrado em poucas marcas. Se a concorrência se acirra, as lojas têm maior poder de negociação para pressionar por melhores condições de compra.
(AM e JD)


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