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Inflação é destaque da semana na agenda local
FGV, Fipe e IBGE divulgam dados sobre alta dos preços
DA REPORTAGEM LOCAL
Dados de inflação estão no
centro da agenda de eventos
econômicos na semana. Como
o mercado especula sobre
quando o Copom (Comitê de
Política Monetária) verá necessidade de elevar a taxa básica de
juros brasileira, os dados de inflação têm sido acompanhados
com muita atenção.
Hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas) vai divulgar o resultado do IGP-DI de outubro. A
expectativa é que a taxa tenha
recuado de 0,25% em setembro
para 0,17% no mês passado.
Também haverá de relevante
na agenda do dia a apresentação, pela Anfavea, dos dados da
indústria automobilística nacional no mês passado.
A evolução da taxa básica de
juros no país tem na meta de inflação seu principal parâmetro.
Se a inflação não se mantiver
controlada, crescem as chances
de, em um futuro próximo, o
Copom começar a elevar a taxa
básica, que atualmente está em
8,75% ao ano.
Amanhã a Fipe (Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas) apresenta o resultado
de seu IPC na primeira quadrissemana de novembro.
Na quarta-feira, enquanto o
mercado norte-americano estiver fechado para as comemorações do Dia dos Veteranos, o
Brasil vai conhecer seu mais relevante dado de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O IBGE apresenta na quarta-feira o resultado do IPCA de
outubro. O mercado conta com
um resultado em linha com o
registrado no mês anterior: de
0,24% em setembro, projeta-se
uma alta de 0,25% em outubro.
O IPCA é o índice oficial, utilizado pelo Banco Central para
monitorar sua meta de inflação. Para este ano, a meta do
IPCA é de alta de 4,5%. Até o
fim de setembro, o índice de
preços registrava aumento acumulado de 3,21% no ano.
Ainda na quarta-feira, quem
chama a atenção do mercado
internacional é a China. O país
asiático vai apresentar indicadores de atividade e inflação referentes ao mês passado. Devido ao seu peso na economia
mundial, a China tem força para mexer com o mercado financeiro, dependendo dos números que venha a apresentar.
A agenda dos Estados Unidos
ganha destaque na quinta-feira, quando uma série de dados
econômicos será conhecida.
Dentre esses números, será
apresentado o resultado das solicitações de empréstimos imobiliários, medido pela MBA (associação que agrupa instituições financeiras norte-americanas do setor de hipotecas) na
primeira semana do mês. Novos pedidos de seguro-desemprego também estão na agenda.
Na semana passada, houve queda nesses pedidos, informação
bem recebida pelo mercado.
Para fechar a agenda norte-americana do dia, o governo vai
divulgar o resultado do Orçamento do Tesouro.
"A agenda macroeconômica
não reserva grandes emoções
para a semana. Mas os investidores deverão ficar mais atentos aos indicadores de vendas
no varejo no Brasil e do sentimento do consumidor americano na sexta", diz José Góes,
economista da WinTrade.
A sexta-feira será o dia com o
maior volume de indicadores
na semana. O dia começa com a
apresentação do índice de inflação ao consumidor na zona
do euro em outubro, para o
qual se espera alta mensal de
0,3%. Ainda na zona do euro,
vai ser apresentado o PIB do
terceiro trimestre, para o qual
os investidores projetam elevação de 0,6%, após a retração de
0,2% registrada entre abril e junho pelo bloco de 16 países.
Nos EUA, sairá o índice de
confiança do consumidor de
Michigan. E, no Brasil, a agenda
fecha com os dados do comércio varejista do IBGE.
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