São Paulo, segunda-feira, 09 de novembro de 2009

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Inflação é destaque da semana na agenda local

FGV, Fipe e IBGE divulgam dados sobre alta dos preços

DA REPORTAGEM LOCAL

Dados de inflação estão no centro da agenda de eventos econômicos na semana. Como o mercado especula sobre quando o Copom (Comitê de Política Monetária) verá necessidade de elevar a taxa básica de juros brasileira, os dados de inflação têm sido acompanhados com muita atenção.
Hoje a FGV (Fundação Getulio Vargas) vai divulgar o resultado do IGP-DI de outubro. A expectativa é que a taxa tenha recuado de 0,25% em setembro para 0,17% no mês passado.
Também haverá de relevante na agenda do dia a apresentação, pela Anfavea, dos dados da indústria automobilística nacional no mês passado.
A evolução da taxa básica de juros no país tem na meta de inflação seu principal parâmetro. Se a inflação não se mantiver controlada, crescem as chances de, em um futuro próximo, o Copom começar a elevar a taxa básica, que atualmente está em 8,75% ao ano.
Amanhã a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apresenta o resultado de seu IPC na primeira quadrissemana de novembro.
Na quarta-feira, enquanto o mercado norte-americano estiver fechado para as comemorações do Dia dos Veteranos, o Brasil vai conhecer seu mais relevante dado de inflação, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
O IBGE apresenta na quarta-feira o resultado do IPCA de outubro. O mercado conta com um resultado em linha com o registrado no mês anterior: de 0,24% em setembro, projeta-se uma alta de 0,25% em outubro.
O IPCA é o índice oficial, utilizado pelo Banco Central para monitorar sua meta de inflação. Para este ano, a meta do IPCA é de alta de 4,5%. Até o fim de setembro, o índice de preços registrava aumento acumulado de 3,21% no ano.
Ainda na quarta-feira, quem chama a atenção do mercado internacional é a China. O país asiático vai apresentar indicadores de atividade e inflação referentes ao mês passado. Devido ao seu peso na economia mundial, a China tem força para mexer com o mercado financeiro, dependendo dos números que venha a apresentar.
A agenda dos Estados Unidos ganha destaque na quinta-feira, quando uma série de dados econômicos será conhecida.
Dentre esses números, será apresentado o resultado das solicitações de empréstimos imobiliários, medido pela MBA (associação que agrupa instituições financeiras norte-americanas do setor de hipotecas) na primeira semana do mês. Novos pedidos de seguro-desemprego também estão na agenda. Na semana passada, houve queda nesses pedidos, informação bem recebida pelo mercado.
Para fechar a agenda norte-americana do dia, o governo vai divulgar o resultado do Orçamento do Tesouro.
"A agenda macroeconômica não reserva grandes emoções para a semana. Mas os investidores deverão ficar mais atentos aos indicadores de vendas no varejo no Brasil e do sentimento do consumidor americano na sexta", diz José Góes, economista da WinTrade.
A sexta-feira será o dia com o maior volume de indicadores na semana. O dia começa com a apresentação do índice de inflação ao consumidor na zona do euro em outubro, para o qual se espera alta mensal de 0,3%. Ainda na zona do euro, vai ser apresentado o PIB do terceiro trimestre, para o qual os investidores projetam elevação de 0,6%, após a retração de 0,2% registrada entre abril e junho pelo bloco de 16 países.
Nos EUA, sairá o índice de confiança do consumidor de Michigan. E, no Brasil, a agenda fecha com os dados do comércio varejista do IBGE.


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