São Paulo, sábado, 09 de dezembro de 2006

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Foco

Celulares de luxo atraem celebridades e podem custar até US$ 310 mil

DA BLOOMBERG

O jogador de futebol David Beckham tem um. A atriz Catherine Deneuve e a cantora Beyoncé também têm.
O precioso objeto é um telefone celular da divisão de luxo Vertu, da Nokia, cujos preços começam em US$ 4.350, para as versões em aço inox, e podem disparar, alcançando até US$ 310 mil, no caso dos modelos adornados com jóias. Os aparelhos incluem um botão que conecta seu dono a um serviço multilíngüe de "concièrge", de compras e entregas eventuais, disponível 24 horas por dia. Esse serviço custa US$ 2.000 adicionais por ano - mas a primeira anuidade é grátis.
Outras empresas também estão vendendo telefones celulares de luxo.
A empresa dinamarquesa Bang & Olufsen acabou de lançar seu primeiro telefone celular na América do Norte, o modelo Serene, que custa US$ 1.275 e tem flip -abre e fecha. O aparelho dispõe de toques ajustáveis que podem soar como aço, latão ou madeira e pode vir com uma bolsinha especialmente criada pela Louis Vuitton, ao preço de US$ 750.
O modelo Motorazr dourado criado por Dolce & Gabbana -que custa US$ 595 e foi anunciado na edição norte-americana da revista Vogue deste mês de dezembro, em uma peça publicitária de duas páginas que tem como garotos-propaganda os próprios estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana- está disponível na loja da marca italiana localizada na Madison Avenue, em Nova York.
E já se sabe que a Tag Heuer, a fabricante de relógios suíça da LVMH Möet Hennessy Louis Vuitton, pretende lançar um celular que custará US$ 1.000 ou mais no ano que vem.
Embora esses celulares destinados aos consumidores mais abastados sejam apenas 2% do mercado de aparelhos dos EUA, alguns desses telefones (que custam mais de US$ 250) estão sendo vendidos a uma velocidade tão grande que há listas de espera.
A demanda também está se expandindo fora dos EUA, principalmente nos mercados de luxo de crescimento acelerado da Rússia, da China e do Oriente Médio.
"Esses celulares não são mais apenas um aparelho para você fazer ligações", disse Mark McClusky, editor de produtos da revista "Wired". "Eles são um acessório e uma espécie de marca pessoal. As pessoas estão buscando algo que as faça se destacar da multidão."
O presidente da divisão Vertu da Nokia, Alberto Torres, disse que a empresa pretende vender "centenas de milhares" de telefones de luxo no período de cinco anos.
"Sempre que existir um item de consumo, haverá um segmento de luxo para esse item", disse Torres.


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