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Comparação indica o tamanho dos juros
da Sucursal de Brasília
Um dos cálculos feitos pelo mercado para ver quanto rende um papel de dívida externa é compará-lo
a um instrumento similar emitido
pelo governo dos EUA -considerado o investimento mais seguro
do planeta.
Essa forma de análise também
foi muito desfavorável para os papéis brasileiros quando se observam os números de 98. O rendimento que fica acima do papel
norte-americano é chamado de
"spread" -pronuncia-se "spréd".
O cálculo é feito em pontos básicos. Cada ponto básico equivale a
0,01 ponto percentual. Um título
cujo "spread" é de 500 pontos estará dando ao seu detentor cinco
pontos percentuais a mais do que
um papel do Tesouro norte-americano com o mesmo prazo de vencimento.
Várias empresas brasileiras têm
hoje títulos no exterior pagando
mais de 1.000 pontos básicos de
"spread". Por exemplo: Credibanco (1.467 pontos), Suzano (1.410),
NetSat (2.094 pontos) e CSN (1.360
pontos), todas cotações de 31 de
dezembro passado, praticamente
estáveis até a semana passada.
Essa situação é muito menos
ruim para empresas da Argentina
e do México que têm títulos no exterior. A YPF, gigante petrolífera
argentina, tem um título pagando
7,75% ao ano, com vencimento para agosto de 2007 e pagando um
"spread" de 480 pontos básicos. A
Petrobrás tem um papel similar
(10% ao ano e vencimento em outubro de 2006) pagando 651 pontos de "spread".
Em 31 de dezembro de 97, conforme mostra a tabela acima com
30 dos principais papéis brasileiros, apenas dois títulos pagavam
"spreads" acima de 1.000 pontos
básicos. Hoje, 19 desses 30 títulos
já romperam a barreira de 1.000
pontos básicos no "spread".
(FR)
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