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Microsoft vale US$ 380 bilhões
da Reportagem Local
O valor de mercado da Microsoft, a gigante internacional de tecnologia, chegou a US$ 380 bilhões
na última sexta-feira.
Isso significa que a empresa vale
mais do que todo o PIB (Produto
Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país) da Argentina, de US$ 340 bilhões.
Comparando-se com seu valor
patrimonial, a Microsoft vale no
mercado 19 vezes mais. Suas ações
tiveram alta de 115% em 98 e de
mais 8% nesta semana.
A Dell Computer tem valor de
mercado quase 50 vezes superior
ao valor de seu patrimônio.
Para analistas, a valorização descomunal das ações de empresas ligadas à Internet é uma "euforia especulativa", típica de períodos que
precedem grandes crashes.
O economista John Kenneth Galbraith, por exemplo, diz, no seu livro "O grande crash de 1929", que
a euforia dos investidores comuns,
inebriados com a chance de ganhar dinheiro da noite para o dia, é
determinante para causar grandes
colapsos do mercado.
No crash de 29, conta ele, os investidores buscavam em peso
comprar ações de empresas de rádio. "No lugar de investimentos
em rádio, minas de urânio ou talvez reatores portáteis serão os novos favoritos", diz Galbraith em
seu livro, escrito em 55.
Os novos favoritos foram as empresas de boliche, no final da década de 70, e as de biotecnologia, no
início dos anos 80. As de videogame, como Nintendo e Atari, tiveram um forte "boom" em 82 e 83, e
as de computadores, como IBM e
Apple, em 87 e 88.
Para outros analistas, no entanto, há fundamentos reais para os
investidores apostarem com tanta
força nas empresas da Internet.
"Ser uma empresa de sucesso na
rede não é tão fácil como parece",
disse Derek Brown, do banco de
investimento Volpe Brown Whelan, ao "The New York Times".
A Amazon, por exemplo, conseguiu bater a sua mais famosa concorrente no varejo de livros, a Barnes & Noble. E já ultrapassou as
outras duas líderes em vendas de
CDs pela rede: a CD Now e a N2K,
que precisaram se fundir para concorrer com a Amazon.
Exemplos como a da empresa
Hotmail, que fornece e-mails para
os internautas, inundam a rede.
Seu criador, Sabeer Bhatia, de 29
anos, começou sua companhia
com US$ 300 mil. Conseguiu vendê-la, dois anos depois, por nada
menos do que US$ 400 milhões, segundo a revista "Wired".
(CPL)
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