São Paulo, sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

NA CONTRAMÃO
Apesar de os números do Usda apontarem para uma tendência de baixa nos preços, o mercado de soja fechou com alta de 1,7% ontem em Chicago. Culpa da volúpia dos fundos de investimento, segundo Fernando Muraro, da AgRural.

EFEITO ÁLCOOL
O avanço da produção de etanol nos Estados Unidos é um incentivo aos produtores de milho. Segundo a FCStone, na safra de 2003/4 as indústrias de etanol utilizaram 30 milhões de toneladas de milho. Nesta, o volume sobe para 41 milhões.

INDENIZAÇÃO
A Basf monitorará cargas de arroz para identificar o uso indevido do "Clearfield Arroz" -combinação de semente certificada com herbicida no controle de pragas. O uso indevido acarretará indenização de até 5% no valor do arroz comercializado pelo produtor.

Vírus "K"
Como ocorreu no Brasil, os pecuaristas argentinos viraram a metralhadora para o governo devido às recentes taxações no setor. O vírus "O" da aftosa de Corrientes passou a ser "K" -de Kirchner.

CRISE ATINGE MÚLTIS
A crise vivida pela agricultura chegou às multinacionais. A Bunge, maior comercializadora de fertilizantes da América do Sul, teve prejuízo de US$ 25 milhões no setor devido a custos de estocagem e à valorização do real, diz a Bloomberg.

TRANSFERÊNCIA
O lucro da Bunge Ltd., maior processadora mundial de oleaginosas, cresceu 42% no quarto trimestre de 2005. Mas o ganho é relativo ao adiamento do pagamento de impostos estrangeiros, o que compensou o recuo nas vendas de fertilizantes, diz a agência.

NO PREVISTO
Dados do Usda apontam preços em baixa
O cenário para os preços da soja não é bom. Os novos dados de oferta e demanda divulgados ontem pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos indicam que, na safra 2005/6, os norte-americanos produziram 84 milhões de toneladas -mais do que se previa no final de 2005. Os dados indicam, ainda, que os EUA vão consumir menos e também exportar abaixo do que se esperava. Com isso, os estoques internos do país sobem para 15,1 milhões de toneladas. Em 2003/4, período de alta de preços da oleaginosa, o volume era de apenas 3 milhões de toneladas. Esses 15,1 milhões são sinais de tendência baixista nos preços, segundo Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba.


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