MARCOS CÉZARI
da Reportagem Local

A indústria nacional registrou em 98 o pior desempenho desde 92, quando a CNI (Confederação Nacional da Indústria) iniciou a análise do comportamento do setor.
Os indicadores industriais divulgados ontem pela CNI revelam que houve queda em todos os itens analisados em relação a 97. As vendas caíram 1,34%, enquanto o emprego registrou queda de 5,91%. Desde 92, o emprego caiu 21,13%.
A queda no faturamento das empresas ocorreu em 8 dos 12 Estados pesquisados pela CNI. Foram pesquisadas 3.700 empresas de médio e grande portes.
O Amazonas teve a maior queda, com 11,34%, seguido do Paraná, com 8,64%. O Ceará teve o maior aumento, com 6,63%, devido ao bom desempenho dos setores de vestuário e calçados.
O emprego caiu em 9 dos 12 Estados pesquisados, com destaque para o Amazonas, Espírito Santo e Pernambuco -em São Paulo a queda foi de 6,12%. O emprego cresceu no Ceará, Goiás e Bahia.
Como consequência da queda do emprego, houve redução de 4,79% nos salários líquidos pagos pelas empresas em 98 em relação a 97.
O total de horas trabalhadas na produção apresentou queda de 7,51% em 98, número superior ao de 97, que já tinha registrado baixa de 3,42%. Somente dois Estados (Goiás e Ceará) tiveram aumento na produção industrial. Pernambuco e Espírito Santo, ao contrário, tiveram fortes quedas.
O uso da capacidade industrial instalada das empresas teve queda de meio ponto percentual em 98 na comparação com 97.


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