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Governo quer
"petrodólar" no PAC e na Copa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Não é apenas o setor privado que está interessado nos
petrodólares do Oriente Médio. O governo identificou
interesse de fundos de investimento da região nos setores turístico, imobiliário, de
infra-estrutura e energia e
tentará incluir obras do PAC
(Programa de Aceleração do
Crescimento) e projetos para a Copa de 2014 na lista de
parcerias a serem oferecidas
aos árabes.
A relação inclui desde usinas hidrelétricas até o trem-bala (que ligará o Rio a São
Paulo) e hotéis para receber
atletas e visitantes durante a
Copa do Mundo.
A equipe econômica também quer aproveitar fundos
de longo prazo para tentar
aumentar o prazo de vencimento da dívida pública e reduzir custos. Depois das investidas individuais, o Brasil
fará uma ofensiva institucional à região, mês que vem.
O "Best", grupo com Bovespa, BM&F e Anbid (Associação Nacional dos Bancos
de Investimento), com apoio
do Banco Central, da CVM e
do Tesouro, fará o primeiro
seminário em Dubai.
Em maio, o governo ajudará a patrocinar um evento internacional dos setores imobiliário e turístico. "Estamos
numa fase de prospecção de
investimentos", diz Sidney
Costa, chefe de gabinete da
Secretaria de Relações Institucionais e representante do
governo brasileiro no grupo
criado para ampliar as relações comerciais da América
do Sul com o Oriente Médio.
Segundo ele, as diferenças
culturais entre os países exigem persistência. "Será uma
ação contínua. Em turismo,
por exemplo, estaremos lá
pelos próximos dez anos, como foi feito em Portugal."
Ele explica que as investidas na China estão, agora, em
fase de consolidação, e o Brasil busca novas fronteiras de
negócios. Vice-presidente da
Câmara de Comércio Árabe
Brasileira, Paulo Atallah, diz
que os árabes "prezam muito
a segurança". Por isso, ações
que expliquem os marcos regulatórios e institucionais do
Brasil são bem-vindas.
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