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Metodologia "incha" inflação
DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON
A metodologia diferente empregada pelo Fundo Monetário
Internacional fez inchar a previsão para a inflação brasileira deste
ano no relatório "Perspectivas para a Economia Mundial", ontem
divulgado.
A inflação seria de 14%, bem
acima da meta oficial de 8,5% e
acima também das mais recentes
previsões dos agentes de mercado, que falam em 12%.
Mas não se trata de desconfiança do FMI em relação às perspectivas de inflação. É apenas metodologia diferente: o Fundo usa,
para todos os países, o cálculo da
média anual.
Vai calculando janeiro de um
ano em relação a janeiro do ano
anterior, mês a mês, até dezembro. No caso do Brasil, significa
aumentar o índice porque a inflação foi mais elevada no final do de
2002 e no começo de 2003.
Já o governo brasileiro usa o resultado apurado no acumulado
do ano, de janeiro a dezembro.
"A diferença é de metodologia.
Mas há consistência entre os nossos números e a meta de inflação
definida pelo governo brasileiro",
diz David Robinson, vice-diretor
do Departamento de Pesquisas
do FMI.
(CR)
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