São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2005

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Para Pastore, conter o dólar é "arrocho" salarial

DA SUCURSAL DO RIO

Para o economista Affonso Celso Pastore, quem defende que o governo atue para conter a queda do dólar, na prática, está propondo um "arrocho" nos salários dos trabalhadores e uma redução dos investimentos na economia.
Em palestra no Fórum Nacional, no Rio, Pastore afirmou que a valorização do dólar eleva os preços de produtos importados ou com cotações internacionais, reduzindo o poder de compra da população. Ao mesmo tempo, eleva também os preços de máquinas e equipamentos, ao tornar as importações mais caras.
Com isso, o país perde em duas pontas: na do consumo e na dos investimentos, indispensáveis, segundo ele, para sustentar o crescimento.

Exportador
Ele não falou diretamente, mas seu discurso é uma resposta ao setor exportador que pede ao governo atuação mais firme para segurar a queda do dólar.
Segundo Pastore, o superávit em conta corrente obtido pelo atual governo foi feito à custa da diminuição do consumo e dos investimentos, já que as importações se retraíram em boa medida por causa da retração das compras de máquinas e equipamentos.


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