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Para Pastore,
conter o dólar é
"arrocho" salarial
DA SUCURSAL DO RIO
Para o economista Affonso
Celso Pastore, quem defende
que o governo atue para conter
a queda do dólar, na prática, está propondo um "arrocho" nos
salários dos trabalhadores e
uma redução dos investimentos na economia.
Em palestra no Fórum Nacional, no Rio, Pastore afirmou
que a valorização do dólar eleva os preços de produtos importados ou com cotações internacionais, reduzindo o poder de compra da população.
Ao mesmo tempo, eleva também os preços de máquinas e
equipamentos, ao tornar as importações mais caras.
Com isso, o país perde em
duas pontas: na do consumo e
na dos investimentos, indispensáveis, segundo ele, para
sustentar o crescimento.
Exportador
Ele não falou diretamente,
mas seu discurso é uma resposta ao setor exportador que pede
ao governo atuação mais firme
para segurar a queda do dólar.
Segundo Pastore, o superávit
em conta corrente obtido pelo
atual governo foi feito à custa
da diminuição do consumo e
dos investimentos, já que as
importações se retraíram em
boa medida por causa da retração das compras de máquinas e
equipamentos.
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