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Ministro defende combate a fraude
DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO
O governo federal está convencido de que há irregularidades na
concessão dos benefícios de auxílio-doença pela Previdência Social, que saltaram de uma média
anual de R$ 2,5 bilhões para R$ 9
bilhões nos últimos dois anos.
"Nenhum profissional de epidemiologia pode mostrar uma
mudança no perfil epidemiológico dos trabalhadores brasileiros
que justifique esse aumento. É a
única coisa que eu entendo. De
economia, não, mas, dessa área,
sim", afirmou ontem no Rio o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, que é médico.
O ministro disse que há uma
ação "concentrada" do governo
para identificar irregularidades e
reduzir gastos. Palocci sustentou
que é possível reduzir o déficit da
Previdência por meio do combate
a fraudes e sonegação e da melhoria dos sistemas de controle.
Os pagamentos de benefícios da
Previdência superiores a um salário mínimo subiram de 3,96% do
PIB, em 2002, para 4,49% do PIB,
em 2004, de acordo com dados
apresentados ontem no 17º Fórum Nacional pelo economista
Raul Velloso. Segundo ele, o salto
foi provocado pela elevação dos
gastos com o auxílio-doença.
Outro item que teve aumento
foram as despesas com benefícios
assistenciais e subsídios, que passaram de 3,58% do PIB em 2002
para 3,92% em 2004. A maior elevação ocorreu nos gastos com o
Bolsa-Família, que subiram de
0,19% para 0,32% do PIB.
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