São Paulo, terça-feira, 10 de maio de 2005

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Ministro defende combate a fraude

DA ENVIADA ESPECIAL AO RIO
DA SUCURSAL DO RIO

O governo federal está convencido de que há irregularidades na concessão dos benefícios de auxílio-doença pela Previdência Social, que saltaram de uma média anual de R$ 2,5 bilhões para R$ 9 bilhões nos últimos dois anos.
"Nenhum profissional de epidemiologia pode mostrar uma mudança no perfil epidemiológico dos trabalhadores brasileiros que justifique esse aumento. É a única coisa que eu entendo. De economia, não, mas, dessa área, sim", afirmou ontem no Rio o ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, que é médico.
O ministro disse que há uma ação "concentrada" do governo para identificar irregularidades e reduzir gastos. Palocci sustentou que é possível reduzir o déficit da Previdência por meio do combate a fraudes e sonegação e da melhoria dos sistemas de controle.
Os pagamentos de benefícios da Previdência superiores a um salário mínimo subiram de 3,96% do PIB, em 2002, para 4,49% do PIB, em 2004, de acordo com dados apresentados ontem no 17º Fórum Nacional pelo economista Raul Velloso. Segundo ele, o salto foi provocado pela elevação dos gastos com o auxílio-doença.
Outro item que teve aumento foram as despesas com benefícios assistenciais e subsídios, que passaram de 3,58% do PIB em 2002 para 3,92% em 2004. A maior elevação ocorreu nos gastos com o Bolsa-Família, que subiram de 0,19% para 0,32% do PIB.


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