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Entrar na Bolsa requer seleção cuidadosa
Investidor precisa analisar todos os tipos de aplicação disponíveis e identificar a que mais combina com o seu perfil
Pode-se comprar cota de
um fundo, operar direto com a corretora ou no "home broker", contratar um agente ou montar um clube
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos momentos de baixa da
Bolsa de Valores, como o atual,
aumenta o apelo para quem
sempre se interessou em aplicar no mercado de capitais finalmente fazer a sua estreia.
Nunca se sabe exatamente
quando as turbulências vão
cessar, mas, como esse é um investimento de longo prazo,
aproveitar o período de quedas
para adquirir papéis de qualidade que estão com bons preços, depois de terem sofrido
desvalorizações, pode valer a
pena, dizem os especialistas.
Tão importante quanto decidir a hora certa para fazer das
ações uma parte do patrimônio
pessoal ou familiar é escolher a
melhor maneira de entrar na
Bolsa de Valores.
Para cada perfil de investidor
existe a porta mais adequada. O
mais cômodo parece ser fazer
aplicações com o mesmo banco
do qual se é correntista.
Mas, na realidade, o cliente
vai realizar as suas transações
com a corretora que pertence
ao mesmo grupo daquela instituição. E, se de fato há grande
praticidade em fazer transferências automáticas de uma
conta para outra, também é recomendável pesquisar os valores cobrados por outras corretoras a fim de conseguir as tarifas mais vantajosas.
O mesmo vale para os fundos
de ações: cada banco cobra taxas diferentes e elabora uma
estratégia única para a gestão
dos ativos da carteira. Antes de
fazer sua escolha, o interessado
em adquirir uma cota deve
comparar minuciosamente as
características da aplicação.
O processo de seleção da forma de investimento mais indicada para cada caso passa, ainda, por uma análise de quanto
tempo (e disposição) pretende-se dedicar às transações.
Usando os serviços de uma
corretora, é necessário separar
pelo menos uma hora por dia
para acompanhar as cotações
dos papeis e ler a respeito das
tendências econômicas e do
mercado financeiro. Afinal, o
investidor é responsável por
dar as ordens para compra e
venda das ações.
Com o "home broker" funciona da mesma forma -a única diferença é que, em vez de telefonar para quem cuida da sua
conta, o cliente efetua as operações sozinho, pela internet.
Em ambas as situações, a corretora oferece orientações de
administração de carteiras.
Se quiser ter um atendimento VIP, o investidor pode procurar os serviços de um agente
autônomo de investimentos,
que trabalha para uma determinada corretora mas tem o
seu próprio escritório e costuma cuidar de um número menor de aplicadores.
"Antes de contratar um serviço desse tipo, é importante
conferir se o profissional está
registrado na CVM [Comissão
de Valores Mobiliários, que fiscaliza o mercado]", ressalta
Marcelo Coutinho, agente autônomo da YouTrade.
Investir e aprender
Para o engenheiro Cézar Raposo, 29, formar um clube de
investimentos apresentou-se
como a alternativa perfeita para a vontade que ele e algumas
pessoas próximas tinham de
comprar ações.
Em julho de 2007, nasceu o
"Amigos do Raposo". O grupo
começou com apenas sete pessoas, reunidas na empresa em
que o engenheiro trabalhava,
na vizinhança e na sua família.
Hoje, o clube possui 21 membros ativos e uma carteira de
cerca de R$ 50 mil.
"O primeiro passo do grupo
foi buscar informações na própria BM&FBovespa. Depois,
abrimos conta em uma corretora, que faz a administração
dos papeis. Mas a melhor parte
é que decidimos as nossas táticas juntos, e assim estamos
sempre aprendendo sobre o
mercado", afirma Raposo.
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