São Paulo, segunda-feira, 10 de maio de 2010

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Entrar na Bolsa requer seleção cuidadosa

Investidor precisa analisar todos os tipos de aplicação disponíveis e identificar a que mais combina com o seu perfil

Pode-se comprar cota de um fundo, operar direto com a corretora ou no "home broker", contratar um agente ou montar um clube

DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

Nos momentos de baixa da Bolsa de Valores, como o atual, aumenta o apelo para quem sempre se interessou em aplicar no mercado de capitais finalmente fazer a sua estreia.
Nunca se sabe exatamente quando as turbulências vão cessar, mas, como esse é um investimento de longo prazo, aproveitar o período de quedas para adquirir papéis de qualidade que estão com bons preços, depois de terem sofrido desvalorizações, pode valer a pena, dizem os especialistas.
Tão importante quanto decidir a hora certa para fazer das ações uma parte do patrimônio pessoal ou familiar é escolher a melhor maneira de entrar na Bolsa de Valores.
Para cada perfil de investidor existe a porta mais adequada. O mais cômodo parece ser fazer aplicações com o mesmo banco do qual se é correntista.
Mas, na realidade, o cliente vai realizar as suas transações com a corretora que pertence ao mesmo grupo daquela instituição. E, se de fato há grande praticidade em fazer transferências automáticas de uma conta para outra, também é recomendável pesquisar os valores cobrados por outras corretoras a fim de conseguir as tarifas mais vantajosas.
O mesmo vale para os fundos de ações: cada banco cobra taxas diferentes e elabora uma estratégia única para a gestão dos ativos da carteira. Antes de fazer sua escolha, o interessado em adquirir uma cota deve comparar minuciosamente as características da aplicação.
O processo de seleção da forma de investimento mais indicada para cada caso passa, ainda, por uma análise de quanto tempo (e disposição) pretende-se dedicar às transações.
Usando os serviços de uma corretora, é necessário separar pelo menos uma hora por dia para acompanhar as cotações dos papeis e ler a respeito das tendências econômicas e do mercado financeiro. Afinal, o investidor é responsável por dar as ordens para compra e venda das ações.
Com o "home broker" funciona da mesma forma -a única diferença é que, em vez de telefonar para quem cuida da sua conta, o cliente efetua as operações sozinho, pela internet.
Em ambas as situações, a corretora oferece orientações de administração de carteiras.
Se quiser ter um atendimento VIP, o investidor pode procurar os serviços de um agente autônomo de investimentos, que trabalha para uma determinada corretora mas tem o seu próprio escritório e costuma cuidar de um número menor de aplicadores.
"Antes de contratar um serviço desse tipo, é importante conferir se o profissional está registrado na CVM [Comissão de Valores Mobiliários, que fiscaliza o mercado]", ressalta Marcelo Coutinho, agente autônomo da YouTrade.

Investir e aprender
Para o engenheiro Cézar Raposo, 29, formar um clube de investimentos apresentou-se como a alternativa perfeita para a vontade que ele e algumas pessoas próximas tinham de comprar ações.
Em julho de 2007, nasceu o "Amigos do Raposo". O grupo começou com apenas sete pessoas, reunidas na empresa em que o engenheiro trabalhava, na vizinhança e na sua família. Hoje, o clube possui 21 membros ativos e uma carteira de cerca de R$ 50 mil.
"O primeiro passo do grupo foi buscar informações na própria BM&FBovespa. Depois, abrimos conta em uma corretora, que faz a administração dos papeis. Mas a melhor parte é que decidimos as nossas táticas juntos, e assim estamos sempre aprendendo sobre o mercado", afirma Raposo.


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