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Previdência deve ter déficit maior que o esperado
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O déficit da Previdência Social neste ano pode beirar R$ 13
bilhões, estourando as previsões iniciais do governo.
A revisão dos números foi
apresentada na semana passada à missão do FMI (Fundo
Monetário Internacional), que
volta hoje ao ministério para
uma reunião com o ministro
Roberto Brant (Previdência).
Essa previsão considera que o
crescimento econômico neste
ano será de 2,8%. Pela projeção
anterior, feita quando a estimativa de crescimento econômico
era de 4%, o déficit ficaria em
R$ 12,1 bilhões. O crescimento
menor reduzirá a arrecadação.
As duas previsões levam em
conta somente as despesas e receitas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), que
paga benefícios basicamente a
trabalhadores do setor privado.
Segundo Vinícius Pinheiro,
secretário de Previdência Social, foram mostrados ao FMI
três cenários, considerando taxas de crescimento de 4%, 3% e
2,8%. Com crescimento de 3%,
o déficit seria de R$ 12,5 bilhões. Além da mudança no cenário econômico, o aumento
do salário mínimo em 19,2%
em abril e o reajuste de 7,66%
para os benefícios acima do
mínimo a partir de junho tornaram obrigatória a revisão do
déficit. O governo havia estimado altas mais modestas.
Na prestação de contas ao
Fundo, a Previdência Social enfatizou que a reforma previdenciária aprovada em 1998
possibilitou um aumento de R$
3,8 bilhões na arrecadação no
ano passado. Neste ano, o incremento chega a R$ 1,8 bilhão.
Em 2000 as contas da Previdência apresentaram um resultado
negativo de R$ 10,1 bilhões, o
equivalente a 0,9% do PIB.
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